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Livraria Martins Fontes

[Resenha] Elena: A Filha da Princesa – Marina Carvalho

Publicado em 21 jun, 2015
Elena: A Filha da Princesa – Marina Carvalho

ISBN-10: 8501104361
Ano: 2015

Páginas: 322
Idioma: português
Editora: Galera Record

Classificação: 

Página do livro no Skoob

Este não é um conto de fadas comum. Sim, existe uma princesa. Não uma donzela, mas uma jovem moderna, preocupada com os problemas de seu tempo. Há também um príncipe. Só não espere que ele seja um perfeito cavalheiro. Afinal, uma pitada de bad boy nunca fez mal a nenhum herói. Elena, filha da princesa Ana — a brasileira que se tornou herdeira do trono da Krósvia —, já não é mais a menininha apaixonada pelo primo Luka, com quem deu o primeiro beijo aos 13 anos. Cresceu, namorou, viajou o mundo. Mas uma notícia surpreendente a faz voltar para casa… justamente quando obrigações familiares também exigem a presença de Luka. O reencontro é explosivo. Luka não estava preparado para adulta que a prima tímida se tornou. Uma mulher que sabe muito bem o quer. E quem quer.

Resenha por Carol Teles: 
Onde estão os românticos de plantão? Todos ai? Ok, então vamos lá. Tecnicamente Elena é o terceiro livro de uma série de livros, por se tratar da filha de dois personagens que protagonizavam os dois primeiros (Simplesmente Ana e De repente Ana). Sim, você consegue entender tranquilo se for logo para Elena, mas recomendo ler da forma como a autora fez. Não por achar os dois anteriores maravilhosos, mas porque se entende bastante da família de Elena por conta deles, e a família é muito da trama desse livro. Vou tentar ao máximo falar de Elena sem soltar coisas importantes dos anteriores, mas, como disse, o ideal é que vocês tenham lido ambos para sentir melhor essa história, e para não achar que estou entregando o ouro. Tem coisas que são inevitáveis de comentar. O negócio aqui é o seguinte…

Ana e Alex tiveram uma filhinha, e essa é Elena, que no livro que leva seu nome já tem dezenove anos, cursa línguas e está num desses projetos de estudantes sem fronteiras, incentivando a leitura em uma comunidade de crianças na Nigéria. Acredito que isso já nos ajuda a entender de cara que a garota não tem frescura de princesa. Algo acontece na Krósvia e ela tem que voltar para seu país. O acontecimento até que é uma coisa bem legal para quem leu os outros dois livros. E é de volta no castelo que começamos a ver a história dela com o amor de adolescência, Luka, se desenrolar. Ele é um primo de segundo grau, e de acordo com toda a família, um péssimo partido para a princesa. Ele é do tipo Bad Boy perigoso e lindo que faz todas as mulheres suspirarem só em passar por perto. No fundo sou dessas que gostam de personagens nesse estilo, e Luka não fica atrás de muitos que já vi por ai. Gostei pra caramba do cara! Apesar de a história ser de Elena, os pontos de vista são alternados entre os dois, e confesso que em alguns pontos isso me irritou profundamente. Não pela mudança de POV, mas pela autora repetir cenas que já tinham sido narradas anteriormente, só que pelo olhar do outro.

Quem acompanha meu trabalho como blogueira sabe que não suporto livros onde os autores contam a mesma coisa por outro ponto de vista, e Marina repete muito isso aqui. O que acontecia? Eu pulava toda a repetição da cena, e ia para a parte inédita. É bem cansativo, gente! Acabei de ver o que Elena fez, para que diabos eu quero saber o que Luka pensou disso? Um bom personagem não precisa narrar para nos dizer o que está pensando. A história quando é bem escrita faz com que isso seja refletido num olhar, ou num gesto. E Marina é uma escritora boa demais para estar se perdendo nessa repetição sem sentido. Outra coisa que continuou me irritando muito nesse livro foi o pai de Elena. Nem com a maturidade dos anos o cara ficou melhor, poxa! Eu o adorei em Simplesmente Ana, e agora penso que foi porque ele não narrava. Com o segundo livro, onde ele narra, passei a detestar o cara. Uns ciúmes idiotas, proteção desnecessária… Sério, isso fazia com que Ana parecesse uma retardada em De repente Ana, e fez o mesmo pela filha em Elena. Eu não conseguia enxergar um homem adulto, só um garoto em pele de homem.

Pois é, só confirmei com esse livro o quanto Alex é detestável. Os motivos dele em odiar Luka não me pareciam maduros ou aceitáveis. Lá vem outro motivo da minha irritação: os aparecimentos repentinos de Luka. Ficava pensando a todo instante… Esse cara colocou um rastreador na menina ou tem uma bola de cristal? Não gosto desse tipo de coisa. Fica parecendo forçado, sabe? Tudo bem que Elena parecia apenas transitar perto do apartamento dele, como se só houvesse esse lugar no país. Mas o pior era ele sempre estar olhando para a paisagem nesses momentos, e isso me faz pensar o que um homem que tinha uma agenda potencialmente cheia ficava fazendo a todo o momento na janela? E para não parecer chata, porque eu sei que sou quando o assunto é livros água com açúcar, devo salientar que Marina veio um pouco mais picante nessa história. São poucas as cenas hot, mas as que tem deixam um gostinho de quero mais delicioso e não são em absoluto vulgares. Realmente gostei da autora com essa vibe, e acho que ela deveria investir nesse tipo de escrita nos próximos livros.

Também acho que a narrativa dela melhorou muito com a maturidade como escritora. Alguns defeitos que via antes não notei nesse volume. Ainda continua com histórias leves para pessoas românticas, mas dessa vez eu consegui ler sem parar 200 vezes por estar achando chato. Na verdade, Elena eu li em poucas horas. Acredito que a culpa disso veio muito mais dos problemas familiares e o mistério que envolvia a família de Luka, do que propriamente o casal. Também curti a parte política do livro, por mais que ache que Elena realmente não tem noção em certos momentos.

Em resumo, é um bom livro para passar uma tarde. Não vai mudar sua vida, mas para aqueles que gostam de suspirar lendo, aposto que darão alguns suspiros interessantes. Luka funcionou para mim milhões de vezes mais do que Alex, e se a autora quiser continuar a história dessa família, recomendo manter o cara da mesma forma, e não transformá-lo num maluco ciumento que o outro era.

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