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[Resenha] Terra sem lei – John Sandford

Publicado em 24 fev, 2014

Terra sem lei – John Sandford
Editora: Arqueiro
Ano: 2014
Páginas: 288
Classificação: 
Página do livro no Skoob

Em um raro momento de paz, o detetive Virgil Flowers começa a se preparar para um torneio de pesca em um lugar paradisíaco. No entanto, seus planos são arruinados quando ele recebe uma ligação do chefe, Lucas Davenport, informando-o do assassinato da presidente de uma famosa agência de publicidade. O cenário do crime não podia ser mais improvável: uma bela pousada junto a um lago, que hospeda apenas mulheres interessadas em relaxar e aproveitar o contato com a natureza. A vítima foi baleada durante seu passeio matinal de caiaque e as evidências apontam para um crime passional ou por dinheiro. Com seu estilo despojado e brincalhão, Virgil chega à cena e dá a impressão de que não deve ser levado a sério, porém não descansará enquanto não solucionar o caso. Ele descobre que a morte de Erica não foi a primeira da região e que a pousada está ligada a diversas histórias de ciúme, traição, orgulho e cobiça. Todas elas parecem ter conexão com uma banda country feminina e sua cantora de voz poderosa que almeja o estrelato. Nessa terra sem lei, o investigador precisa desvendar o mistério antes que o assassino faça mais uma vítima – e ninguém, nem o próprio Virgil, está a salvo.

Resenha:
Inicio essa resenha deixando claro que John Sandford superou-se e cravou de vez um lugar especial na minha estante. Que livro maravilhoso é esse? Se você nunca leu algo do autor recomendo iniciar sua experiência por esse. É impossível não envolver-se e querer mais ao término.

O investigador Virgil Flowers, do Departamento de Detenção Criminal, só queria aproveitar suas tão aguardadas férias , pescar algum lúcio e debater a semelhança da lua com um Pringles ou não. Até que uma ligação de seu chefe, Davenport, o coloca mais uma vez em um caso complicado, dessa vez envolvendo o homicídio de Erica McDill, presidente de uma agência de publicidade conhecida. A pedido do governador de Grand Rapids, e do xerife local, Sanders, Virgil não vê outra saída a não ser auxiliar no caso. Erica foi morta por um atirador de elite na pousada exclusiva para mulheres, Ninho da Águia, um conjunto de chalés enfileirados com vista para um lago. Enquanto velejava em um dos barcos de pesca que o lugar oferece ela levou um único tiro fatal. Certeiro. Diante as circunstâncias, a lista de suspeitos com aparentes motivos para tal crime é enorme.

Erica McDill estava planejando a demissão de cerca de 30 funcionários de sua empresa, pessoas que ela julgava serem desnecessárias ou fora de sintonia com o mercado atual. Erica era lésbica e sua própria namorada é vista como possível suspeita. Com a morte da namorada, Ruth lucraria cerca de 100 mil dólares garantidos por testamento. Paralelo a isso temos os próprios hóspedes da pousada como suspeitos, acabaremos descobrindo que Erica estava tendo um relacionamento com Wendy Ashback, vocalista de uma banda country local, aspirante a fama e também lésbica que estava em um relacionamento sério com Berni, a baterista. Ficou confuso com o trio amoroso? Quarteto? Calma que você ainda leu nada… Com o passar dos capítulos Wendy e sua banda ganharão mais destaque na trama, a moça é desejada e almeja o sucesso. Sua família é envolta num drama complicado e conhecido, todos são vistos como loucos, esquisitos. A Ninho da Águia acaba revelando-se bem mais que uma simples pousada, a cereja do bolo é o fato de não ser o primeiro crime a envolver o local. Quando o assassino ataca novamente a urgência em encontrar respostas deixa a trama alucinante. Dinheiro, álcool, obsessão, sexo, rivalidade, ciúmes, traição, cobiça, algo fez alguém matar essas pessoas. Flowers só precisa descobrir quem e o motivo.

Terra sem Lei é o terceiro livro de uma série com o investigador Virgil Flowers e para manter a tradição, claro que Flowers irá se envolver com um rabo de saia em meio à investigação, mas adivinhem… A moça é lésbica. Nada que nosso investigador não contorne encontrando outra jovem disposta a ceder aos seus encantos. Ou não. Notei uma linha cômica nesse livro que não percebi nos livros anteriores, obviamente foi um elemento surpresa que deixou a leitura divertida, leve e contribuiu para eu ter devorado a estória em menos de 15 horas. Se você ainda não tem em mente nosso investigador Flowers, trate de cria-lo agora mesmo, imagine um surfista de 1,85, louro dos cabelos compridos demais para um policial e fã de camisas de bandas de rock alternativo. Adicione anos e anos de experiência e um hobby sério como escritor e pronto. Temos nosso protagonista disposto a desvendar qualquer crime.

Os já conhecidos membros da equipe de Virgil também estão presentes, em poucos momentos mas estão. Cada elemento positivo encontrado nos livros anteriores estão presentes e reforçados, novas facetas nos são apresentadas, como o próprio humor gritante e delicioso. Sabe quando tudo parece resolvido e você percebe que ainda faltam boas 50 páginas para o desfecho do livro? É exatamente isso que acontece, preparem-se para reviravoltas e momentos de tensão, sangue e suspense nos capítulos finais. Espero que vocês leiam e gostem tanto quanto gostei. Aliás, amei.

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