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[Resenha] Como viver eternamente – Sally Nicholls

Publicado em 21 maio, 2014

Como viver eternamente – Sally Nicholls
Editora: Geração
ISBN: 9788561501006
Ano: 2014
Páginas: 232
Classificação: 
Página do livro no Skoob

Sam ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas, ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto, este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler.

Resenha:
Sam McQueen tem onze anos e cultiva uma fixação por fatos, poltergeistes, óvnis e explosões. Ele simplesmente odeia o modo como todos os adultos fogem de suas perguntas mudando de assunto pelo simples fato dele ter Leucemia. Sam sonha em ser um cientista famoso, bater algum recorde mundial, passear em um dirigível, ser um adolescente, beijar uma garota… Sua lista de desejos é enorme mas os médicos estimaram mais um ano de vida. No máximo. Oitenta e cinco porcento das pessoas com leucemia se curam. Mas Sam não faz parte desse percentual. O câncer retornou mais violento e a quimioterapia não é uma opção viável. Ele não aguentaria.

A diagramação do livro é delicada e repleta de bilhetes, ilustrações e listas. Logo de início temos um bilhete que deixa claro: quando qualquer leitor estiver lendo esse livro, Sam já estará morto. Não há a esperança de um final feliz. E saber disso maximiza a conexão com a narrativa, o nó na garganta é presente de início ao fim. O humor entrelaçado com os momentos tristes torna a leitura dolorosa, crua e mágica. Sam tem plena consciência da fragilidade de sua saúde, e chega a ser assustadora a forma como ele lida com isso. Seu próprio pai finge não estar presente e evita conversar sobre o assunto. Sua irmã não entende o por que dele não ir para a escola, e sua mãe quer protegê-lo de tudo e todos.

Admito que não chorei com Sam, sua coragem é tão tocante que fui tão forte quanto ele. É inspirador e nos faz repensar nossa vida inteira. O grande responsável por minhas lágrimas atende pelo nome de Felix. Sam e Felix se conheceram no hospital e desde então tornaram-se amigos, soldados. Felix é ácido e não acredita em anjos, mas sim em assassinos em série. Ele também tem câncer e vai dedicar-se a tornar os desejos de Sam reais, e não apenas itens de uma lista impossível. Felix vai desafiá-lo a realizar sonhos.

Com a morte rondando sua vida, Sam elabora e busca respostas para questões como: como você sabe que morreu? Por que Deus faz as crianças ficarem doentes? Qual é a aparência de uma pessoa morta? Por que as pessoas têm de morrer? Para onde vamos quando morremos? Toda a ambientação é rica em incontáveis detalhes da rotina de alguém com câncer, todos os estágios de aceitação de familiares é relatado. É de partir o coração e torná-lo favorito. A narrativa é feita em primeira pessoa por Sam e os capítulos são curtos, o devorei em poucas horas durante a madrugada. Leitura mais que recomendada,

“- Você tem de fazer o que estou pedindo – disse eu, furioso. Todo mundo tem de fazer. Porque eu vou morrer e então vocês vão se arrepender.” Trecho da página 140.

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