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[Resenha] A Mais Pura Verdade – Dan Gemeinhart

Publicado em 30 abr, 2015

A Mais Pura Verdade – Dan Gemeinhart
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581636337
Ano: 2015
Páginas: 224
Classificação: 
Página do livro no Skoob

Em todos os sentidos que interessam, Mark é uma criança normal. Ele tem um cachorro chamado Beau e uma grande amiga, Jessie. Ele gosta de fotografar e de escrever haicais em seu caderno. Seu sonho é um dia escalar uma montanha. Mas, em certo sentido um sentido muito importante , Mark não tem nada a ver com as outras crianças. Mark está doente. O tipo de doença que tem a ver com hospital. Tratamento. O tipo de doença da qual algumas pessoas nunca melhoram. Então, Mark foge. Ele sai de casa com sua máquina fotográfica, seu caderno, seu cachorro e um plano. Um plano para alcançar o topo do Monte Rainier. Nem que seja a última coisa que ele faça.

Resenha:
Às vezes uma premissa legal garante que a história seja boa mesmo que a narrativa não seja tão bem conduzida. Às vezes uma premissa ruim é tão bem executada que surpreende. A obra de Dan Gemeinhart não funcionou comigo. Comecei lendo a prova enviada pela editora (que na verdade era uma pequena mostra e não o livro completo), e a demora em ter o desfecho em mãos talvez tenha me feito perder o clima. Uma criança com câncer ao lado do seu fiel cão de estimação em uma aventura perigosa. Parece chamada ruim de filme clichê na TV e, por pouco, não é exatamente isso. Aqui, premissa e desenvolvimento não foram satisfatórios.

“Eu amava o relógio, até começar a odiar o tempo. E como ele ia embora.”

Ao mesmo tempo em que a narrativa em primeira pessoa deixa tudo mais pessoal, ela também causa um efeito negativo. É muito infantil. Não digo um infantil ingênuo, mas um infantil bobo. Mark é nosso protagonista. Um garoto de 12 anos que enfrenta algo pesado demais para os seus ombros. Ele venceu o câncer uma vez e quando tudo parecia estar bem a doença voltou mais forte. Parece que ele desistiu e não quer ser um problema na vida de ninguém que o ama.

As reflexões que ele tem, a ansiedade que ele transmite e os medos que cultiva poderiam ser bem mais enfatizados. É leve demais. É isso. Nada que é narrado superficialmente me prende o suficiente. Foi isso que senti. Apesar de cada momento ser mostrado com as informações que eram pedidas, sempre esperava por algo mais. Uma sacada mais inteligente, uma frase de efeito mais trabalhada, uma cena de sofrimento mais longa. Eu sei que estou falando de uma criança, mas não é uma criança qualquer. Estou me referindo a um jovem que fugiu de casa para escalar uma das maiores montanhas da América Latina.

“De vez em quando, mesmo as respostas certas parecem erradas, se você não gosta da pergunta. Essa é a mais pura verdade.”

Os capítulos são intercalados entre os desafios que Mark e Beau (o cão) enfrentam no percurso até a montanha e passagens em que a melhor amiga do garoto reflete sobre o que fazer diante de um bilhete deixado por ele. Vejam bem. Jess foi a única pessoa com quem Mark conseguiu desmoronar enquanto tentava ser forte diante dos familiares. Eles possuem uma ligação íntima linda. Uma amizade verdadeira. Quando Mark foge, Jess imediatamente sabe para onde ele foi e o que está prestes a fazer. Ela então se vê dividida entre contar ou não o que sabe. Jess prometeu guardar os segredos do amigo. A essa altura ela não poderia contar, seria traição…

“Mesmo a muitos quilômetros de distância,um amigo ainda pode segurar sua mão e estar ao seu lado”.

Não estou dizendo que a história é ruim ou uma perca de tempo total. Há momentos bonitos e passagens inteligentes. A trama é delicada e tocante até onde pode ser. Pena que não me sensibilizou como a maioria das pessoas que leram o livro.

Se algo merece ser elogiado é o trabalho feito pela editora Novo Conceito. Arte de capa, diagramação e revisão estão impecáveis. É o típico livro que temos prazer de ter em mãos pela beleza. Ao contrário do que dizem, super apoio o lançamento de livros nesse tom de azul. (Esqueçam A Culpa é das Estrelas!).

“Como ajudar quando ajudar e ferir são a mesma coisa?”

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