Resenha:
A primeira coisa que vocês precisam saber sobre esse livro é em relação aos envolvidos em sua produção. Johnny Fraser Allen é um designer conceitual super prestigiado lá fora com trabalhos envolvendo a sétima arte. No currículo, As Crônicas de Nárnia e a trilogia O Hobbit, de Peter Jackson. Já Evangeline Lilly (eu sabia que conhecia esse par de olhos) viveu na série Lost a fugitiva Kate. Juntos eles criaram uma história para crianças do jeitinho que eu gosto: sombria.Tratando-se de um conto ilustrado e voltado para o público infantil a história não rende em aprofundamentos ou páginas. Li em cinco minutos e boa parte desse tempo passei admirando as ilustrações. É lindo. De uma beleza assustadora, mas ainda assim encantador. Vem para quebrar aquela onda de que livro para criança tem que ser fofo e ter final feliz. O final feliz aqui é bem subjetivo. Será que uma lição aprendida é motivo para comemorar? A resposta é sim quando realmente entendemos a questão e não quando desejamos vingança no final de tudo.Perdida num parque de diversão, a pequena Selma dos Ricos da Realeza, Herdeira de tudo que está abaixo do Sol, acaba adentrando numa carroça aparentemente vazia. Lá dentro, uma voz a comunica: o show está prestes a começar. São os Molambolengos. Nove marionetes distintas, cada uma mais desmiolada que a outra, formam uma espécie de família. Imperfeitos e perigosos.Papai Pedante, Mamãe Malandra, Carlos Culpado, Golias Glutão, Marta Muda, Gilda Gananciosa, Elias Espetáculo, André Arrogante e Lúcia Lesada irão ganhar uma nova atração até o fechar das cortinas…

Lançado em capa dura com folhas gigantes e um trabalho gráfico de brilhar os olhos, Os Molambolengos é o primeiro livro infantil que a Aleph publica. Vale tê-lo na estante só pelo capricho editorial. Os pequenos vão se apaixonar pelo mistério e a gente vai torcer pelas possíveis sequências para a obra.