Um gato de rua chamado Bob – James Bowen
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581631523
Ano: 2013
Páginas: 240
Classificação:
Página do livro no Skoob
Quando James Bowen encontrou um gato ferido, enrolado no corredor de seu alojamento, ele não tinha ideia do quanto sua vida estava prestes a mudar. Bowen vivia nas ruas de Londres, lutando contra a dependência química de heroína, e a última coisa de que ele precisava era de um animal de estimação. No entanto, ele ajudou aquele inteligente gato de rua, a quem batizou de Bob (porque tinha acabado de assistir a Twin Peaks). Depois de cuidar do gatinho e trazer-lhe a saúde de volta, James Bowen mandou-o embora imaginando que nunca mais o veria. Mas Bob tinha outras ideias. Logo os dois tornaram-se inseparáveis, e suas aventuras divertidas — e, algumas vezes, perigosas — iriam transformar suas vidas e curar, lentamente, as cicatrizes que cada um dos dois trazia de seus passados conturbados.
Resenha:
James Bowen era um músico fracassado em um programa de recuperação contra as drogas, sua existência era precária em uma moradia subvenciada, seu sustento era ganho nas ruas com sua guitarra e a bondade das pessoas. Quando um gato laranja aparece próximo a seu apartamento, claramente necessitando de uma boa refeição e uma boa dose de amor, as vidas de ambos tomam rumos inesperados.
Diante das circunstâncias e nomeando o gato como Bob, James resolve cuidar do bichano. Cuidar de si próprio já era uma responsabilidade bastante difícil. Haviam muitos aspectos a serem levados em conta: ele poderia ter fugido ou se perdido, ele poderia ter dono, como ele chegara até ali e como sobrevivera nas ruas. Ao longo dos capítulos essa preocupação é constante, mesmo com Bob demonstrando cada vez mais seu apego ao novo dono, a ideia de que um dia ele poderia simplesmente ir embora perturbava James. Uma coisa é certa, eles tinham algo em comum, a rua era o lar de ambos agora, e seus passados sempre seriam uma curiosidade.
A história narrada no livro é real e o torna mais tocante. Uma dúvida que me perseguia em relação ao James era como ele havia parado nas ruas, e logo de início descobrimos os motivos. Vamos viajar nas lembranças e acompanhar o relacionamento familiar dele na infância e adolescência. Eu já esperava por isso, é bem triste na verdade. Uma coisa levou ao outra, James não estava pegando as melhores ondas. Perdido, sozinho, sem perspectivas de futuro algum ele passa a viver nas ruas e as drogas se tornam um problema, um vício.
James agora tinha duas bocas para alimentar, o trabalho nas ruas teria que ser mais pesado. Mas o que ele não contava era que Bob seria sua salvação, quando o gato resolve acompanha-lo e se torna o centro das atenções, receber alguns trocados pela sua música (ou por Bob) fica muito mais fácil. As pessoas se veem encantadas com Bob. Quando se é morador de rua as pessoas o tratam como uma não-pessoa, ninguém sequer falava ou se importava com a existência de James. Mas com Bob, sua presença era notada, ele era mais que apenas um pedinte em Londres. Eles juntos eram os dois mosqueteiros e Bob acaba se tornando uma celebridade. Aliás, o livro despertou em mim a vontade de conhecer Londres de pertinho, Google Imagens me acompanhou nessa viagem.
Bob será a companhia, o amigo e a motivação que James precisa para se livrar das drogas de uma vez. Nem pensem que o livro não tem seus momentos de tensão, as ruas estão repletas de pessoas maldosas, ninguém é de ferro, nem mesmo um gato de rua. Óbvio que me envolvi e me apeguei ao gato assim como James. Aposto que você também será fisgado por essa história de amizade e assim como eu, acabará o livro querendo um autógrafo do Bob.
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