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[Resenha] O Clone de Cristo – J.R. Lankford

Publicado em 06 mar, 2014

O Clone de Cristo – J.R. Lankford
Editora: Saída de Emergência Brasil
ISBN: 9788567296081
Ano: 2014
Páginas: 384
Classificação: 
Página do livro no Skoob / Compre

O Clone de Cristo é uma história fantástica sobre uma experiência secreta que pode mudar o mundo: a tentativa de clonar Jesus Cristo a partir do Santo Sudário. O Dr.Felix Rossi é o chefe da pesquisa, um conceituado cientista obcecado com duas perguntas: Será que o tecido do Sudário contém mesmo o sangue de Cristo? E o DNA ainda estará intacto? Apesar do caráter sigiloso do experimento, forças obscuras tentam impedi-lo e Rossi não tem tempo a perder: precisa encontrar uma mulher para gerar a criança. Esta trama policial arrepiante nos leva numa viagem inesquecível da alta sociedade nova-iorquina aos bares irlandeses, das igrejas do Harlem à Catedral de Turim. Uma narrativa bem construída sobre laços familiares perdidos, um homem à procura de Deus, uma mulher em busca de um sentido para a própria vida¿ e uma inesperada história de amor.

Resenha:

A premissa de O Clone de Cristo é incomum e logo instiga a curiosidade. E não é para menos, na trama o conceituado cientista Félix Rossi, especializado em Microbiologia e Obstetricía pretende roubar o maior tesouro da Cristandade para clonar ninguém mais, ninguém menos que Jesus Cristo. Isso seria possível? Como?O Dr. Félix pretende roubar fios do Santo Sudário de Turim, uma peça de linho que acreditam ter coberto o corpo de Cristo após ele ter sido crucificado. É uma peça que raramente é posta em exibição púbica e nosso protagonista além de venera-la e emocionar-se como milhões de fiéis, fará disso o empreendimento de sua vida. Paralelo a isso, Félix e sua irmã Frances descobrem verdades que seus pais esconderam por tantos anos. Eles eram Judeus que fugiram e adotaram outra doutrina para sobreviver.
Nosso protagonista terá que lidar com o passado e isso o impulsionará, pois se acreditavam que os judeus tinham matado Cristo. Seria um judeu que o traria de volta. A Segunda Vinda… Obstáculos significativos estão pelo caminho do Dr. Rossi, todo o seu plano maluco está repleto de perigos e riscos. O DNA presente no Sudário é antigo e pode estar deteriorado, os próprios problemas envolvendo a clonagem humana nunca realizada até níveis avançados são gritantes e o mais importante: ele precisa encontrar a Maria perfeita. A mãe do clone de Cristo… Como nada escapa da mídia, Félix além de uma passageira consciência pesada terá que lidar com o jornalista Jerome Newton que suspeita de seus planos e não poupará esforços para conseguir seu furo de reportagem.
Paralelo a tudo isso temos Sam Duffy, o porteiro do prédio onde a família Rossi reside. Admito que Sam é a grande graça da estória, sem ele o enredo se afundaria em descrições científicas impecáveis que em algum momento serão enfadonhas. Sam é bem mais que um porteiro, ele é um detetive particular que trabalha não só para o condomínio, mas para um homem perigoso e influente com tentáculos em boa parte da sociedade. Um homem que imagina-se como um rei, não deixe-se enganar por sua simpatia, certo? Outro trunfo da estória é Maggie Johnson, empregada dos Rossi e bisbilhoteira de carteirinha. Quando você menos esperar ela será o grande centro de atenção da trama. Félix e Maggie se veem como os escolhidos… Um romance inesperado também surge.

Apenas o leitor que investir na leitura conhecerá o real sentido da estória que é bastante válido e abrangente.  Além da própria clonagem humana que é um baita assunto delicado, e no livro mais delicado ainda pois estamos falando da clonagem de alguém morto, a autora chama atenção para o preconceito, seja ele racial, religioso ou social.Em especial ela cita os problemas da África, onde boa porcentagem da população é morta pela Aids. Ela expõe os jogos de poderes existentes na política e até questiona ensinamentos Bíblicos de forma bastante ética, neutra. Como sabemos que o verdadeiro Jesus foi crucificado? Qual religião está baseada em fatos? A budista? A islâmica? A Cristã? Ela instiga a dúvida e debate relacionamentos familiares, a lealdade. A autora testa a nossa fé. Um dos pontos mais legais que é bastante explorado é a consequência de se clonar alguém que representa algo que funciona como um símbolo de algo maior. Já pensou para pensar o que um clone de George Washington, Abraham Lincoln ou Deus, independente do que ele seja, mas relevando o que representaria algo assim? Crenças são poderosas.

“Quero dizer, alguém realmente acha que um Deus onipotente, onisciente e todo feito de amor está preocupado com o Halloween?” Trecho da página 138

As descrições religiosas e científicas ocupam as páginas de início ao fim e podem ser responsáveis por deixar a leitura um pouco ou bastante arrastada de início, isso vai depender do seu nível de interesse em relação a assuntos assim. A narrativa é feita em terceira pessoa e não espere por ação até ter lido boas 200 páginas, esse não é um livro do gênero. Os últimos capítulos do livro são diferentes de todo o clima que o livro constrói até ali, é frenético e me deixou ansioso pelo próximo volume. Adorei a leitura.

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