Com apenas 9 anos, Sarah está prestes a viver uma grande aventura: vai viajar sem os pais pela primeira vez na vida. A viagem tinha tudo para ser feliz e inesquecível, mas logo se transforma num terrível pesadelo. Sem o marido para ajudá-la, Lena, mãe de Sarah, confere e assina os documentos autorizando a ida da filha. David saiu de casa cedo dizendo que recebera uma ligação do trabalho. Mais uma desculpa esfarrapada que ela não engoliu. O casamento está em crise, mas ela acredita que os dois vão conseguir se acertar no período em que a menina estiver fora. Já pensando nos momentos a sós com o marido, Lena entra em pânico quando uma segunda van chega para buscar Sarah. Pouco depois, ela descobre que o primeiro motorista não faz parte da equipe do acampamento e que sua filha e outras três crianças foram sequestradas. Após algumas horas, os criminosos enviam um e-mal exigindo 1 milhão de dólares para libertar as vítimas. Mas as condições para a entrega do dinheiro lançam suspeitas sobre alguns dos pais, e os casais começam a se voltar uns contra os outros, expondo seus segredos e relacionamentos já desgastados. Neste suspense de tirar o fôlego, o desespero e a ganância levam algumas pessoas a tomar decisões impensáveis. Mas a fé e a intuição sempre podem superar as dificuldades.
Resenha:
A primeira decepção literária do ano vai para “Nunca diga adeus”. Calma, vou explicar os meus motivos.
Eu procurava uma leitura policial e achei que iria encontra-la nesse livro, mas não foi bem assim, o livro focou mais na parte emocional dos personagens e isso me deixou entediado no decorrer dos capítulos. Por se tratar de um tema que acho interessante, sequestros, comecei a leitura empolgado e cheio de expectativas, é um assunto tão abrangente, imagino diversas situações que não chegaram a acontecer no livro. Quatro famílias caem em uma armadilha e tem seus filhos sequestrados por uma falsa van que deveria ser do acampamento onde as crianças iriam passar duas semanas de férias. O caso chama a atenção da imprensa e os familiares das vítimas vão ter que aprender a conviver com carros de reportagens acampando no jardim de suas casas e o FBI batendo em sua porta para interrogatórios a fim de pistas.
Entendem como poderia ser legal? Os detetives e policias da trama são fracos, estou acostumado com personalidades fortes e marcantes para personagens desse tipo. Os capítulos são intercalados e acompanhamos o dia-a-dia das famílias, as pistas novas que surgem, o desespero com a lentidão em que as coisas acontecem e as dúvidas que tomam conta da situação e plantam a semente da discórdia entre os pais. Em outro momento acompanhamos a forma de agir dos sequestradores e como as crianças estão se comportando diante daquele estranho que se passa por membro da equipe do acampamento onde elas deveriam estar. Aliás, as crianças são verdadeiros heróis, o modo como elas se comportaram foi assustador, calmas e serenas, não deixaram o pânico controlar a situação, achei tão incrível. Eu no lugar delas, morreria logo, choraria tanto, tanto, tanto, que os sequestradores se livrariam de mim rápido.
Senti que a família Trainor tem um espaço especial durante todo o enredo, David e Lena estão distantes e o casamento não é mais o mesmo. O sequestro da pequena Sarah une o casal, a esperança de encontrar e ter a filha de volta reacende uma pequena faísca do amor que sentiam um pelo outro. Eu torci para que esse casamento chegasse ao fim, o distanciamento dos dois ocorreu devido a um caso que David mantinha a quatro meses. Vou deixar vocês lerem e descobrirem como isso acaba.
No próximo parágrafo vou fazer um pequeno spoiler, quem não se interessar é só pular esse trecho.
Algo que me incomodou bastante e cortou minhas esperanças de algo emocionante acontecer foi a morte do sequestrador, o que deixou as crianças sozinhas na floresta repleta de ursos. Percebem o absurdo disso? Como o criminoso tem um ataque cardíaco e morre, deixando as vítimas praticamente livres? Ursos?
A única reviravolta da estória é quando descobrimos os mandantes do sequestro e os motivos para tal, eu não imaginava e fiquei surpreso. Os capítulos finais são um pouco longos e lentos, previsíveis até. Não curti o prólogo e o que aconteceu com os personagens. Cheguei a conclusão que, adaptado para o cinema o livro daria um bom filme, se bem dirigido, óbvio. Dei três patinhas de cinco, na classificação, talvez eu não estivesse no clima do livro.
Não deixem de ler, opiniões diferem, não é verdade?
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