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[RESENHA] A Mulher entre Nós – Greer Hendricks e Sarah Pekkanen

Publicado em 12 jul, 2018

A Mulher entre Nós – Greer Hendricks e Sarah Pekkanen

ISBN-10: 8584391061 / Ano: 2018

Páginas: 352 / Editora: Paralela

Classificação: 

 

Um livro de suspense que explora as complexidades do casamento e as verdades perigosas que ignoramos em nome do amor. Aos 37 anos, a recém divorciada Vanessa está no fundo do poço. Deprimida, morando no apartamento de sua tia, ela não tem filhos, dinheiro ou amigos verdadeiros. Ao descobrir que Richard, seu rico e carismático ex-marido, está prestes a se casar de novo, algo dentro de Vanessa se quebra. A partir de agora, sua vida irá revolver em torno de uma única obsessão: impedir esse matrimônio. Custe o que custar. Na superfície, Nellie se parece com qualquer outra jovem bela e sonhadora que veio para Manhattan começar sua tão sonhada vida adulta. Mas a personalidade tranquila que ostenta é apenas uma fachada.

Estou em uma cilada ao escrever esse texto pois minha maior dúvida é se as pequenas coisas que me incomodaram nessa leitura foram detalhadamente pensadas (da mesma forma que o título e a frase que estampam a capa nos faz parar alguns segundos para entender do que se trata). Se você curte thrillers psicológicos a obra de Greer Hendricks e Sarah Pekkanen vai te ocupar por um tempinho. É, sem dúvida, uma das leituras mais intrigantes do ano.

Sabe quando você até consegue prever o próximo passo do personagem, mas erra feio nas suas motivações? O grande barato aqui está nisso. O que leva uma mulher a estar num relacionamento abusivo por tanto tempo? O que leva uma mulher a se tornar uma stalker de sua substituta? O que leva alguém a esconder tantos segredos a ponto de destruir a vida do próximo? Onde o amor se encaixa no meio disso tudo? Se as respostas são muitas e parecem previsíveis, nessa história as coisas são muito mais complicadas.

Dividido em três partes, A Mulher entre Nós passeia por todos os elementos que o classificam como thriller psicológico. Há o detalhismo exagerado em momentos banais, há o ritmo lento em todos os capítulos e há um leitor se surpreendendo a cada fim de diálogo e contexto identificado. Porque o que faz esse livro ser bom são as entrelinhas de tudo que é dito e não dito.

Não tenho medo de tempestades, porque estou aprendendo a navegar meu barco à vela.

Richard é a personificação do príncipe encantado, e olha que não estou colocando ser rico como adjetivo, viu? Mas o cara sabe agradar. Jantares especiais, bilhetinhos românticos e um dia a dia de compreensão. Ele está noivo de Nelie e sua vida estaria tranquila se não fosse a existência de Vanessa, sua ex-esposa psicótica que está perseguindo o novo amor da sua vida. Vanessa esbanjava uma vida de luxo. Quando se casou com Richard tudo se tornou grandioso. Roupas de marca, viagens internacionais e uma única preocupação: engravidar. Quando as coisas começam a dar errado o companheiro ideal perde o controle. A rotina perfeita se torna um inferno, tão problemático quanto ter um passado. No fim das contas a grande questão aqui é outra.

Contar mais que isso é dar spoiler. A narrativa é feita por Nelie e Vanessa, a atual e a ex de Richard. Confesso que pelo fato da história ser narrada em terceira e primeira pessoa, me vi confuso em vários capítulos. Em algum momento as duas parecem ser a mesma pessoa, e eu até achei que esse seria o grande turn over da história, mas não. A terceira e última parte do livro é uma explosão de reviravoltas e explicações. O ritmo arrastado e redundante do início se desfaz para dar sentido a tudo que lemos. É empolgante, mas talvez tudo poderia ser desenvolvido de um jeito mais prático e menos enrolado. Os finais de capítulos e, principalmente, de partes é o que prende o leitor.

Não é difícil se esquivar dos questionamentos depois de aprender certos truques. É só contar histórias divertidas e inteligentes que desviem a atenção do fato de que você não está revelando nada. É só evitar detalhes. Usar termos vagos. E mentir, as apenas quando for totalmente necessário.

E como já deu para perceber, o livro é sobre relacionamentos abusivos, vingança e, porque não, compaixão? A gente precisa entender que para existir dentro de um relacionamento não é preciso ceder tanto. Não é preciso deixar de ser quem você é e lutar pelo que acreditar. Dividir sonhos é muito diferente de se anular e deixar de possuir uma individualidade.

Mas a mais íntima das relações não deveria ser um porto seguro, em que a pessoa conhecia todos os segredos e os defeitos da outra e a amava mesmo assim?

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