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Nide Lins publica livro com as melhores receitas de Alagoas

Publicado em 25 jun, 2018

Depois de lançar duas edições do “Guia da Gastronomia popular alagoana”, a jornalista Nide Lins envereda por um caminho diferente ainda dentro do segmento pelo qual é referência: a cozinha local. É que há 20 anos ela cultiva uma rotina que vai além do experimentar temperos e listar pontos bacanas para comer. Durante todo esse tempo ela tem colecionado histórias e receitas que provam o quanto Alagoas é celeiro de chef e dono de bar talentoso. Em “Receitas das Alagoas – Cozinha de boteco, de chef, de rua e de tradição”, Nide usa de toda a sua experiência para reunir os melhores pratos tipicamente alagoanos. O lançamento, assim como os anteriores, é feito pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos.

O critério principal nessa curadoria pessoal foi esse mesmo: os pratos apresentarem em sua composição ingredientes que são facilmente (ou nem tanto) encontrados por aqui. “Estou falando de siri, coentro, camarão, carne de sol, manteiga do Sertão, carne bovina, suína. Nesse livro fui atrás de cozinhas e botecos com boa comida. Cada receita escolhida traz uma história bonita por trás”, explica a dona do maior blog de gastronomia do Nordeste, atualmente hospedado no TNH1.

Sururu de Capote com molho japonês e Siri no Ravioli são algumas das receitas presentes no livro. Parece diferente, e, de fato, é, mas a jornalista afirma que não se prendeu apenas às tradições para construir o volume. “O leitor vai encontrar várias técnicas diferentes. Italiana, japonesa, etc. Posso garantir que compilei minhas melhores experiências”, conta.

Uma das receitas prediletas de Nide é assinada por Tonho, alagoano que nunca frequentou uma faculdade de gastronomia ou curso específico, mas possui talentos que poucos chefs renomados dominam. “São poucas as pessoas que conseguem despinhar um peixe por inteiro. Tonho, além de conseguir fazer isso deixando o peixe inteiro, consegue fazer uma tilápia recheada, quando a maioria só arrisca o peixe frito ou cozinha apenas com o filé. Isso é coisa de mestre. Ele é um dos personagens importantes do livro.”

Então sim, a jornalista vai apresentar vários nomes desconhecidos do grande público, boa parte sendo indivíduos que só aqueles que estiveram de bar em bar, de mesa em mesa, já ouviram falar sobre, mas também vai prestigiar nomes jovens e consagrados da atual culinária alagoana, como Jonatas Medeiros, do Akuaba, Tauã Calisto, do Grand Cru, e André Generoso, do Divina Gula.

Seja o seu Zé do boteco da esquina, ou seu Fulano do bistrô à beira-mar, não dá para negar que Alagoas vive hoje um momento de ascensão nesse segmento. O que Nide defende, e precisamos concordar, é que nossa gastronomia é de se vender para o mundo. “É algo que vem crescendo e não é de hoje. Há 50 anos a comadre Oscarlina conseguiu fazer do Camarão do Bar das Ostras uma receita tipicamente francesa. Ela guardou por décadas o seu segredo, que era a manteiga do Sertão, tornando o prato um dos melhores que já comi na vida. Há 50 anos ninguém se falava em chef, em gastronomia e muito menos usava ingredientes encontrados por aqui.”

Vale ressaltar que o livro traz uma receita de tanajura frita com farofa, típica do município de Porto Calvo, e outra de pato com pirão temperado apenas com sal e cominho.

 

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