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Livraria Martins Fontes

[RESENHA] Nova Ordem – Chris Weitz

Publicado em 04 maio, 2016

Nova Ordem – Chris Weitz
ISBN-10: 8565765903
Ano: 2015
Páginas: 266
Editora: Seguinte
Classificação: 
Página do livro no Skoob

Jefferson, Donna e seus amigos descobriram que os adolescentes não são os únicos que sobreviveram ao vírus e, em meio ao caos do resgate da Marinha, eles se separam. Jefferson volta para Nova York e tenta levar a Cura para a tribo da Washington Square, enquanto Donna vai parar na Inglaterra, onde se depara com um mundo pós-Ocorrido inimaginável. Mas um desastre ainda maior que a Doença está prestes a acontecer, e Donna e Jefferson só poderão evitá-lo se acharem o caminho de volta um para o outro.

 Resenha:
Nova Ordem é o segundo livro de uma trilogia, então você deve conferir a resenha de Mundo Novo, o primeiro de todos, para seguir com a leitura deste texto. Ele provavelmente estará cheio de spoilers do livro anterior.

Esqueça a sociedade governada apenas por adolescentes sobreviventes do Ocorrido. Esqueça que um vírus matou todos os adultos e idosos e condenou os jovens a morrer aos 18 anos. As gangues de Nova York não foram as únicas que sobreviveram. Centenas de milhares de pessoas ao redor do mundo estão vivas e seguindo suas rotinas sem ao menos saber da existência de todo o universo particular que foi construído por lá. Jefferson, Donna e sua turma descobriram a Cura e algo mais. Eles foram raptados e estão sob supervisão do governo. Um governo que optou por não fazer nada sobre a existência de centenas de jovens vivendo numa realidade precária, mortífera e decadente.

É meio assustador tudo isso. Os capítulos iniciais são destinados a explicações. O leitor vai entender como a desintegração de Nova York afetou todo o mundo. Todas as potências estão fragilizadas e conflitos políticos e econômicos estão se fortalecendo. A Marinha é quem comanda tudo agora, foi a única força que restou dos Estados Unidos. Enquanto passam por uma série de procedimentos, interrogatórios e processos de observação, Jeff e Donna são contactados pela Resistência. Existem pessoas que não concordam com o modo como tudo tem sido levado. Não há previsão para o resgate dos jovens da Time Square e adjacências. A Cura existe, pode ser reproduzida, mas algo ainda impede. Medo?

É aí que eles decidem fugir do navio em que estão trancafiados. É aqui que a trama realmente ganha fôlego. Donna e Jeff acabam se separando e cada um ganha uma nova missão. Enquanto Jeff retorna a Nova York numa tentativa de unir todas as gangues e distribuir a Cura para todos os adolescentes, Donna é integrada a civilização. Ela acredita que Jeff morreu, que não há esperanças e que o único jeito de se manter viva é seguindo em frente. Mas as coisas não são tão simples assim. Seus novos amigos podem não ser tão confiáveis e todo o luxo que ela recuperou, como banhos quentes e um Iphone, pode ser apenas uma artimanha de um governo corrupto.

Dá para acreditar num desastre maior que a própria doença?

O surgimento dos adultos e todas essas reviravoltas meio que quebra a imagem de Mad Max que eu havia construído no livro anterior. Os cenários são outros, mas a opressão é a mesma. As minorias continuam não tendo voz e o clima de guerra é o mesmo. O narrativa continua sendo feita por Donna e Jeff em capítulos intercalados e o autor deu voz a novos personagens. Aliás, a personagens que no livro anterior não tiveram seu momento. É maravilhoso. A gente consegue acompanhar o desenrolar das coisas de vários pontos de vistas. E melhor, ponto de vistas sobre coisas diferentes. Não estou falando do mesmo fato narrado por várias pessoas. Me refiro a conflitos em diversos lugares. É um caos.

Estou bem ansioso para o desfecho de tudo, há tantos ganchos e problemas a serem resolvidos que não duvido nada que o autor escreva três vezes mais para dar conta de tudo. Eu apoio e voto sim nessa ideia. É uma das histórias mais empolgantes dos últimos tempos e realmente gostaria que mais pessoas a lessem. A obra de Chris Weitz nos cinemas vai ser algo memorável de se assistir. Estou na torcida para que isso aconteça.

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