Fúria Vermelha – Pierce Brown
ISBN-10: 852505822X
Ano: 2014
Páginas: 468
Idioma: português
Editora: Globo Livros
Classificação:
Página do livro no Skoob
Fúria Vermelha é o primeiro volume da trilogia Fúria Vermelha, e revive o romance de ficção científica que critica com inteligência a sociedade atual. Em um futuro não tão distante, o homem já colonizou Marte e vive no planeta em uma sociedade definida por castas. Darrow é um dos jovens que vivem na base dessa pirâmide social, escavando túneis subterrâneos a mando do governo, sem ver a luz do sol. Até o dia que percebe que o mundo em que vive é uma mentira, e decide desvendar o que há por trás daquele sistema opressor. Tomado pela vingança e com a ajuda de rebeldes, Darrow vai para a superfície e se infiltra para descobrir a verdade. ‘Fúria Vermelha’ será adaptado para o cinema por Marc Forster, diretor de Guerra mundial Z.
Resenha:
Fúria Vermelha é a fantasia que eu gostaria de ter escrito. Definitivamente. Pierce Brown conseguiu maximizar qualquer coisa que imaginarmos sobre aventuras distópicas, épicas e fantásticas. O cara foi além de tudo que já li dentro desse segmento. Ele foi até Marte e não se contentou com isso. Ele dominou o universo em mais de 460 páginas de taquicardia.
Darrow é um mergulhador-do-inferno. Um baixoVermelho que nasceu para usar trajes-fornos nas superfícies subterrâneas de Marte. As víboras-das-cavidades, que habitam a escuridão das minas mais perigosas do planeta, são apenas um dos riscos mortais encontrados pelos vinte e quatro clãs de Lykos. Nessa história, os Vermelhos são a escória da sociedade. Os únicos que dão sangue e suor para se alimentar e sustentar-se. Para sustentar uma causa maior vendida pelo ArquiGovernador. Todos acreditam fazer parte de um grupo pioneiro, cujo objetivo é tornar a atmosfera de Marte habitável para a população da Terra. Uma espécie de sacrifício visto como ato de coragem. A Terra está superpovoada e Marte está em processo de terratransformação.
O que nosso protagonista não considera é o fato de viver privado de liberdade. Eo, sua esposa e amante, enxerga o vazio de perspectivas no qual vivem. A ordem que impera na sociedade é egoísta. Dura. Aqueles que cantam uma específica canção estão fadados a morte. E quando o casal contempla estrelas nos jardins dos superiores, uma punição é imposta. Eles são mortos. Mortos pelos Ouros, a cor dominadora. E quando a morte de Eo desperta em Darrow um ódio desconhecido, os filhos de Ares o apresentam a verdade. A verdade acima de sua cabeça. Acima das minas que labutou durante toda a vida e do chão que sobreviveu à chicotadas quase fatais. Acima de todos os Vermelhos o restante das cores que formam a pirâmide social da humanidade vivem no futuro. No futuro que os Vermelhos acreditam ainda não existir.
Seria um spoiler tremendo revelar o que representa esse futuro, mas posso dizer que é revoltante, odioso e leva Darrow a aceitar uma missão: derrubar os Ouros por dentro, por em prática tudo que Eo acreditava. Ele aceita tornar-se algo que ele não é. Uma série de mudanças cirúrgicas e até sobrenaturais de certo modo o transformam em um Ouro. Estou falando de mudanças nos glóbulos oculares e nos dentes (trocam por novos), na densidade óssea (o abrem inteiro para forrar seus ossos) e claro, no comportamento. De novos cabelos e pele à linguajar, montaria e conhecimentos científicos injetados no cérebro. É realmente tenebroso, mas ao final Darrow se assemelha ao diabo e está pronto para fazer a prova de admissão para o Instituto, uma espécie de escola onde os jovens cores treinam para serem alguém na intrincada e majestosa sociedade.
Deixe seu comentário