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[Resenha] O Príncipe de Westeros – George R.R. Martin & Gardner Dozois

Publicado em 05 out, 2015

O Príncipe de Westeros – George R.R. Martin & Gardner Dozois
ISBN-10: 8567296366
Editora: Saída de Emergência Brasil
Ano: 2015
Páginas: 480
Idioma: português
Classificação: 
Página do livro no Skoob

Com histórias de Joe Abercrombie, Gillian Flynn, Matthew Hughes, Joe R. Lansdale, Michael Swanwick, David Ball, Carrie Vaughn, Scott Lynch, Bradley Denton, Cherie Priest, Daniel Abraham, Paul Cornell, Steven Saylor, Garth Nix, Walter Jon Williams, Phyllis Eisenstein, Lisa Tuttle, Neil Gaiman, Connie Willis, Patrick Rothfuss e George R.R. Martin o livro traz contos que não são preto e nem branco, contos com todos os tons de cinza. 21 histórias com reviravoltas astutas e deslumbrantes nessa galeria de histórias de vilões que vão saquear seu coração e ainda deixá-lo mais rico a cada história.

Resenha:
Não, eu não acompanho Guerra dos Tronos, seja pela TV ou pelos livros. Ainda não me bateu aquela curiosidade que parece mover tanta gente. Não duvido que seja bom, mas no momento estou deixando passar. Logo, não tenho propriedade alguma para falar do George R.R. Martin como escritor, até pulei seus contos nessa antologia. Portanto vou me limitar a agradecê-lo, juntamente a Gardner Dozois, pelo brilhante presente que é ter tantos autores bons em uma única obra. Me apaixonei ainda mais por quem já conhecia, e estou ávido por mais coisas de quem conheci agora. Escolhi alguns autores para comentar.

Gillian Flynn – Qual é a sua profissão? [+18]
Tinha mesmo que ser a autora de Garota Exemplar para escrever um conto sobre uma mulher que ganha a vida batendo punhetas. Uma existência resumida em brincar com o menino dos outros. Cerca de 23.546 punhetas. A protagonista desse conto poderia se aposentar se quisesse, mas é promovida por sua chefe. Ela sai do quartinho dos fundos onde costumava atender seus clientes, para dar uma de clarividente no salão de entrada do estabelecimento de fachada. Adeus punhetas!

Aqui tudo fica mais interessante. Ela passa a fingir poderes paranormais até que Susan Burke aparece com um problema estranho demais para ser mentira. Ou ser levado na mentira. Coisas estranhas estão acontecendo na casa dessa senhora. Algo do tipo sangue escorrendo pelas paredes e um enteado misterioso. Problemas mentais? Possessão? Ciúmes? Susan acredita que o garoto não gosta dos irmãos e pede ajuda de nossa clarividente para resolver a situação. Ela vai até a casa e se envolve mais do que gostaria com tudo isso. É de arrepiar.

Gillian Flynn mistura punhetas, paranormalidade e sociopatia em um conto curto e assustador. Qualquer aspecto que você acredite ou priorize nessas páginas te faz pensar em quão louco pode ser o homem. O desfecho disso tudo é tão absurdo quanto alguém viver de punhetas ou numa casa com sangue que jorra do telhado.

Scott Lynch – Um Ano e um Dia na velha Theradane
Só não é o melhor conto de todos porque nutro uma paixão pelos psicopatas de Gillian Flynn. Scott Lynch escreve a saga dos Nobres Ladrões, que é publicada pela editora Arqueiro, e traz esse universo de roubos espetaculares para uma nova dimensão. Mágica!

Amarelle Parathis já roubou o som do amanhecer e as lágrimas de um tubarão. Em meio a uma guerra épica entre os magos que vivem nos céus, ela se descontrolou e acabou recebendo uma nova missão: roubar a Rua da Prosperidade. Não estou falando de roubar as pessoas que transitam pela rua ou as placas que sinalizam o local. Me refiro a tudo. A rua inteirinha. Movimentada, cheio de negócios, pessoas e o que mais você lembrar que exista numa via pública.

Minha pobre mente jamais imaginaria tantas formas de fazer isso acontecer. É inacreditável acompanhar Amarelle nessa jornada. Seu empenho é justificável, caso ela não consiga, não só ela, como seus amigos envolvidos na aventura se tornarão estátuas. Traidores são transformados em poste, pedra. Drinks mágicos em que mares e oceanos cabem num único copo deixam toda essa loucura mais surreal ainda. O desfecho só prova que uma vez dentro, para sempre dentro.

Patrick Rothfuss – A Árvore Reluzante
Rothfuss deu um presente a todos os seus fãs. Quem não o conhece poderia dar uma lida na resenha de O Nome do Vento e se apaixonar um pouco. Nesse conto vamos voltar à Marco do Percurso, para Reshi e para Bast também. O foco da vez é em Bast e sua rotina fora da hospedaria. Ele trabalha com favores por segredos. O que você tem de cabeludo para contar? Bast pode te ajudar com qualquer coisa. Uma vingança? Uma tarefa perigosa? Uma resposta? Conte a ele algo de valor.

Para os fãs, qualquer material que envolva o mundo criado por Rothfuss é digno. Mas vai além disso. Ele continua escrevendo de forma envolvente e com reviravoltas frequentes. É algo novo dentro disso tudo. Até a filha do prefeito procura Bast disposta a revelar segredos. Tem gente encomendando mortes…

Neil Gaiman – Como o marquês recuperou o seu casaco
A única coisa que entendi nesse conto é que o Marquês de Carabas perdeu um casaco valioso. Mais que uma vestimenta, ele é um artefato incomum. Seus bolos infinitos escondem mais do que se pode imaginar.
Sinceramente? Não consigo entender o furor que Gaiman causa, principalmente depois de ler algo tão sem pé nem cabeça. Poderia ser bom, mas não é. Chato, confuso e arrastado. Pior conto.

Em Cartaz, de Connie Willis, é outro conto que merece menção honrosa. É sobre como impossível pode ser assistir a um filme no cinema. Vocês não tem ideia na teoria mirabolante criada para explicar todo o funcionamento da programação em cartaz. É um texto cheio de referências, divertido. Meio sem pé nem cabeça, mas com um pingo de coerência.

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