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Em “Volta para Casa”, Harlan Coben entrega suspense policial sobre segredos familiares que matam

Publicado em 04 nov, 2018

Volta para Casa – Harlan Coben
ISBN-13: 9788580418347
Ano: 2018 / Páginas: 304
Editora: Arqueiro
Classificação: 

Dez anos atrás, dois meninos de 6 anos foram sequestrados enquanto brincavam na casa de um deles, uma mansão em um bairro elegante de Nova Jersey. Mas, após o pedido de resgate, as famílias nunca mais tiveram notícias dos sequestradores nem de seus filhos. Agora, Myron Bolitar e seu amigo Win acreditam ter localizado um deles, o adolescente Patrick, e farão de tudo para resgatá-lo e obter as respostas pelas quais todos anseiam.

Depois de um tempo sem escrever sobre Myron Bolitar, Coben finalmente retornou à série do ex-jogador de basquete que a gente tanto ama. Abordando, mais uma vez, relacionamentos familiares, o autor nos entrega uma história sem muitos acontecimentos avulsos para se conectar com a questão principal. Mas olha, mesmo assim o livro consegue apresentar capítulos intrigantes. O mote de Volta para Casa é interessante por si só: e se houvesse um impostor dentro da sua casa? O título, que não é um pedido ou suplício, conversa mais com a ideia de que esse retorno ao lar não esteja sendo tão feliz e calmo como o esperado.

Rhys e Patrick foram sequestrados aos 6 anos de idade. Ambos estavam sob os cuidados de uma babá que, na ocasião, fora encontrada amordaçada. Mais de dez anos depois, uma denúncia anônima coloca Win cara a cara com um desses meninos. O melhor amigo de Myron Bolitar encontra Patrick num ponto de prostituição e quase perde o seu rastro ao transformar uma situação num banho de sangue. Típico, né?

Quem leu outros livros da série sabe que estamos falando do personagens mais psicopata e gente boa já criado nesse contexto policial. E caso você esteja achando tudo muito confuso, afirmo, mais uma vez, que esse é  um livro que pode ser lido fora de ordem. É que cada história possui início, meio e fim independente da contextualização geral que sempre acontece. As aventuras que Bolitar protagoniza serão melhor aproveitadas caso lidas em sequência, mas, eu próprio, nunca fiz isso e passo bem.

Acompanhar Myron e Win trabalhando juntos é muito bacana pelo equilíbrio natural das coisas. Myron é racional, pé no chão, reflete sobre os riscos. Win acreditar que se arriscar é a melhor jogada sempre. Na situação que o livro acompanha as emoções estão a flor da pele pelo fato de Rhys, o outro garoto desaparecido, ser filho de uma prima de Win. Quando envolve família tudo fica mais sensível, né? O que vocês precisam saber é que Patrick volta aos braços de seus pais um tanto que fragilizado. Ele não lembra de muita coisa, mas precisa falar.

Onde esteve por tanto tempo? O que aconteceu no dia do sequestro? O que realmente aconteceu nesse dia? Porque nunca procurou os familiares se estava, aparentemente, livre nas ruas? Onde está Rhys? Ele está vivo?

Todas essas questões se transformam numa tortura quando os pais do garoto passam a se esquivar. Fugir do compromisso de ajudar a outra família. Quando teorias de que Patrick seria um impostor surgem, tudo fica mais delicado. Perigoso. E a babá? Onde ela está agora? Porque ela desapareceu do mapa?

Nesse livro até o sobrinho de Mickey dá as caras para ajudar. Quem melhor que um adolescente para interagir com outro adolescente?  Mickey leva a narrativa para outros caminhos e a relação entre os dois Bolitar é explorada um pouco mais em alguns momentos. Quem já leu Coben sabe que suas histórias sempre caminham para algo mais emotivo. Nunca será apenas uma obra literária sobre a resolução de um crime. O que todo esse cenário de desespero, saudade, dúvida e medo ensina para os personagens? Cada pista encontrada entrega causas e consequências para o que está acontecendo. Voltar ao passado sempre traz dados importantes…

Há um inimigo recém-adquirido para importunar o andamento das investigações, acontecimentos paralelos para reforçar o universo construído por Coben para Bolitar e os diálogos mais fervorosos e cortantes de todos.  Big Mama, Esperanza e Zorra são a cereja do bolo e não há quem discorde.

O desfecho caminha para segredos familiares revelados e o já batido questionamento: o que você faria por amor? Já adianto que é quase impossível adivinhar o que realmente aconteceu a partir das pistas deixadas ao longo da narrativa. Coben é o tipo de escritor que desconstrói nos últimos capítulos tudo que criou até então. Leitura leve, nada técnica e que flui. O Mestre das Noites em Claro fez mais um ótimo trabalho.

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