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Fortaleza Impossível, de Jason Rekulak, traz história sobre amizade e primeiro amor na década de 80

Publicado em 30 abr, 2018


Fortaleza Impossível – Jason Rekulak
ISBN-10: 8580417481
Ano: 2017
Páginas: 272
Editora: Arqueiro
Classificação: 

Um trio de garotos esquisitos e uma nerd brilhante que esconde um grande segredo. Um inesperado romance que nasce em meio a computadores e disquetes. Um ousado e perigoso assalto para roubar a edição de maio de 1987 da revista Playboy, com imagens escandalosas de uma famosa apresentadora de TV. Todos esses elementos se unem para compor Fortaleza Impossível, um romance que fará você rir, se emocionar e recordar a maravilhosa sensação de se apaixonar por algo – ou alguém – pela primeira vez.

Resenha:
O ano é 1987.

Nas rádios? Whitney Houston e U2. 
Na Tv? Ursinhos carinhosos e Levada da Breca.
Na internet? Bem. Ela não existia. Não como a conhecemos hoje.
É nesse cenário que Billy Marvin descobre que ter 14 anos pode ser incrivelmente perigoso e emocionante. Aliás, tudo o que li em quase 300 páginas de boas risadas e incredulidade me inseriu numa vibe nostálgica muito forte. Desejei ter vivido um passado onde minha maior preocupação seria ter um exemplar da playboy.
Porque é isso o que move toda a narrativa em primeira pessoa que Jason Rekulak criou. Billy, Alf e Clark são melhores amigos. Perdedores, nada populares e vivendo tudo o que a década de 80 tem a oferecer: locadoras de filmes, rolês de bike pela vizinhança e a era dos videogames em plena movimentação. Quando a mulher mais bonita dos Estados Unidas, também apresentadora do “Roda da Fortuna”, estampa a capa da revista +18 mais popular de todos os tempos, o trio decide que precisa, a qualquer custo, ter um exemplar.
Eles precisam ver de perto o que todos andam comentando sobre essas fotos. Eles são garotos, na flor da idade e aquele velho ditado faz sentido em qualquer época: o proibido é mais gostoso, certo? Como eles não podem apenas ir à banca de revista e comprar um exemplar, elaboram uma série de planos mirabolantes para conseguir o feito. Tudo dá errado até eles chegaram a uma estratégia derradeira: invadir, na calada da noite, uma loja e roubar os impossíveis exemplares da Playboy.
Como se isso não fosse surreal o suficiente, também faz parte do plano seduzir uma garota chamada Mary, filha de Zelinsky, dono da loja alvo do assalto, para conseguir o código de segurança e evitar uma possível ficha suja, acá prisão.
Dito isto, voltemos às apresentações. Billy é um nerd viciado em programação. Ele cria jogos de computador em seu commodore 64 naquele velho estilo linhas de código BASIC. Jurássico dizer isso, né? O sonho de sua vida é trabalhar com Fletcher Mulligan, gênio por trás dos jogos best-seller da Digital Artists. Alf é o cérebro por trás dos grandes golpes e desafios que os três amigos se metem. Preciso dizer que ele vai tirar a paciência de qualquer leitor? Clark é o boa pinta do grupo, cheio de boa oratória e charme, mas esconde um problema de saúde. Ele nasceu com sindactilia e uma de suas mãos tem formato de garra. Isso meio que afeta totalmente sua autoestima. Nenhum deles é má pessoa, mas ser um pré-adolescente pode ser bem complicado.
Billy aceita enganar Mary como parte do plano. O que ele não esperava é que a garota estranha e acima do peso que todos zombam pudesse ser apaixonante e mais inteligente que ele no quesito programação de jogos de computador. Sim, nosso jovem protagonista vai ser um legítimo embuste em incontáveis momentos. Enquanto a dupla desenvolve o jogo que dá nome ao livro para concorrer em um concurso de videogames, Alf e Clark fazem parcerias sinistras para o roubo à loja de Zelinsky.
Tudo sai um pouco do controle e a noite do assalto será épica. E sabe o melhor? Todo o livro caminha para esse ponto, mas a história não acaba quando o roubo acontece. É eletrizante a forma como o autor consegue inserir um plano criminoso tão mirabolante ao mesmo tempo em que debate sobre a importância de Billy não repetir a nona série, por exemplo.
Trata-se de uma aventura sobre redenção, perdão, amor e amizade. É sobre o despertar de sentimentos novos, fugas e interrogatórios policiais. É sobre família também. A relação de Billy e sua mãe é algo tocante de acompanhar. Tudo é muito gostoso de acompanhar. Se eu pudesse ser bem radical ao fazer comparações, diria que os fãs de Stranger Things e Jogador #1 possuem um novo livro predileto (sem o tom distópico e sobrenatural de ambos, ok?).
Uma das melhores leituras de 2018. Recomendo!
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