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[Resenha] Thomas e sua inesperada Vida após a Morte – Emma Trevayne

Publicado em 05 ago, 2016

Thomas e sua inesperada Vida após a Morte – Emma Trevayne
ISBN-10: 8555340101
Ano: 2016
Páginas: 240
Editora: Seguinte
Classificação: 
Página do livro no Skoob

Roubar túmulos é um negócio arriscado. É, na verdade, um péssimo negócio. Para Thomas Marsden, a partir de uma noite de primavera em Londres (véspera do seu aniversário de doze anos), esse passa a ser um negócio também assustador. Isso porque, deitado em uma cova recente, ele encontra um corpo idêntico ao seu. Esse é apenas o primeiro sinal de que alguma coisa muito esquisita está acontecendo. Muitos outros vêm em seguida, até que Thomas vai parar num mundo estranho, habitado por fadas e espiritualistas, onde a morte é a grande protagonista. Desesperado para conhecer a sua verdadeira história e descobrir de onde vem, Thomas vai ser apresentado à magia e ao ritual, e vai se dar conta de que, de vez em quando, aquilo que faz dele um garoto comum pode torná-lo extraordinário.



Resenha:
Me recordo que a primeira experiência que tive com histórias sobre fadas não foi algo muito positivo. Emma Trevayne, graças a deus, veio para somar algo de bom ao assunto. Veja bem, a história de Thomas não é bem o livro que um jovem adulto vá cair de amores. Preciso confessar que cinco anos atrás eu teria me empolgado mil vezes mais. Agora mais velho e crítico, acredito que o desfecho, especialmente o desfecho, poderia ter sido melhor. Poderia ter tido umas boas 30 páginas a mais.

Thomas trabalha com o pai revirando túmulos nas caladas da noite. Semanalmente eles visitam cemitérios à procura de lápides de pessoas ricas. É encontrando pertences de valor que eles comem e sustentam um teto. Sempre foi assim. Desde que Thomas foi deixado na porta de Silas e sua esposa Lucy. Ele nunca conheceu os pais biológicos ou soube de suas origens. É numa dessas excursões sombrias que ele acha muito mais que ossos numa cova. Ele encontra alguém idêntico a ele. Um irmão gêmeo. E morto.

A partir dessa descoberta conhecemos Cravo-de-Defunto e Rosa-da-Índia. Duas fadas prisioneiras do malévolo Mordecai, uma espécie de espiritualista que está fazendo fama em Londres por se comunicar com os mortos. O que o grande público não sabe é que todos os feitos sobrenaturais só são possíveis graças a um séquito de fadas que estão acorrentadas no sótão de sua grande mansão. Ele as prende com grades de ferro. O ferro que as enfraquece tanto quanto a perca de energia e vida que cada sessão do além resulta.

E o que fadas reféns e um pequeno ladrão de túmulos possuem em comum? Tudo. Thomas é o único que pode salvá-las da extinção e elas são as únicas pessoas, aliás, seres mágicos, que podem mostrar para o garoto de onde ele veio.

A forma como Cravo e Rosa se aproximam de Thomas é uma delícia de acompanhar. Até Thomas acreditar em quem ele é e pode se tornar bons capítulos se passam. Tudo que acontece entre esses primeiros contatos até a revelação de todos os segredos de Mordecai e o mundo das fadas é algo que não posso comentar. Seria spoiler e cada mínimo detalhe é importante aqui. O mundo das fadas é grandioso, mas eu já li muita coisa na vida, então não é como se todas essas ideias fossem estupendas e inimagináveis. Emma escreve bem e cativa com os personagens. Há lições de amizade, confiança e coragem aqui, então tudo bem. O público alvo precisa disso mesmo. Ela conseguiu me fazer odiar o vilão com todas as minhas forças e torcer para um final feliz com todo o meu coração.

O único ponto negativo de todo o livro, e esse realmente preciso ressaltar, é o desfecho. Não é ruim, apesar de previsível, mas acontece rápido demais. Eu cortaria muitas partes para dar um fim mais digno a saga de Thomas. Sem falar que a história poderia ter uma sequência.

Thomas precisa apostar no certo e se virar com o que tem. Ele não é uma fada e precisa entendê-las para salvá-las. Ele precisa enxergar de um modo diferente. A falta da magia talvez seja o ideal. O diferencial necessário para salvar um mundo que já foi parte do nosso. A eterna batalha entre humanos e fadas não precisa ser tão eterna assim. Há gente do bem disposta a ajudar.

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