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QUANDO SÓ DEPENDE DE MIM

Publicado em 07 maio, 2016

Ontem fui ver Marcelo Jeneci no Teatro Deodoro, aqui em Maceió. Foi o primeiro show que fui sozinho em toda a minha vida. Eu realmente cheguei a cogitar não ir por falta de companhia, mas me lembrei de algo que me cobro desde que me sinto um tanto que mais independente: ser de fato independente. Pelo menos em alguns aspectos.

Tenho grande admiração por quem consegue fazer as coisas sozinho. De verdade. Parabéns pra quem consegue ir ao cinema desacompanhado assistir aquele filme que ninguém mais quer ver, parabéns pra quem consegue fazer compras sem precisar de uma segunda opinião, parabéns pra quem vai a excursões sozinho por se amarrar numa aventura e não ter amigos que topem encarar uma trilha. Mesmo que no final uma cachoeira o espere. Parabéns mesmo. Não é triste, é adulto. E ser adulto não precisa ter um sinônimo ruim. Eu ainda estou me acostumando com essa ideia, mas pensar positivo ainda é uma das melhores coisas que faço por mim mesmo. Tem coisa mais libertadora que não depender de ninguém pelo mínimo que seja?

Mas aqui é que o bicho pega. Cheguei a conclusão de que viver é um grande ciclo de dependências. E nossa senhora como eu odeio depender, principalmente das pessoas. Odeio depender de ligações, mensagens de texto, de música, livros e do transporte público. Odeio depender do banco, da assistência técnica, das companhias aéreas e do bendito bolo de rolo que me deixa feliz quando estou estressado. Odeio e adoro depender de um ombro amigo, de um abraço apertado e de alguém que me diga que eu não estou sozinho quando na verdade estar sozinho e bem era o que eu mais queria no mundo todo.

Não há saída. A gente se engana e vai levando assim, tentando resolver tudo sozinho até que o problema empaca por precisar do externo para se resolver. Do próximo, de quem está do lado, do setor responsável, do superior. É por isso que eu corro atrás e faço a minha parte. É um prazer genuíno riscar mais uma coisinha da sua lista de afazeres, desejos e missões impossíveis. Tudo bem ir atrás de ajuda, tudo bem acionar o colega, a mãe, a Tim, mas eu me recuso a não seguir em frente quando só depende de mim.

E o show do Marcelo Jeneci foi lindo. Ele estava sozinho no palco e foi encantador. Mais um argumento, ein? Algumas daquelas canções foram feitas para menino Felipe. Não pude não chorar. O teatro estava lotado e o público tão afiado. Eu senti um arrepio coletivo quando ele cantou Amado, música composta em parceria com Vanessa da Mata. Também apresentou inéditas de um terceiro cd que nem começou a ser gravado. Foi um privilégio. Ainda bem que eu tive coragem. A noite foi ótima.

Felipe Miranda

Felipe Miranda

Sou redator, produtor de conteúdo, freelancer 24h e quase jornalista. Não consigo ficar quieto. Criei o OMD aos 15 anos e de lá para cá já vivi um mundo inteiro de histórias malucas (sem nem sair de casa).

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1 Comentário

  • thaila oliveira
    08 maio, 2016

    Oi Felipe, eu me identifiquei e muito com você, eu tenho essa dificuldade de fazer coisas sozinha, sou muito insegura na hora de comprar, na hora de passear, tenho mil desejos, mas em alguns momentos travo, sei que isso deve ser trabalhado, afinal é a minha vida e devo vivê-la, com ou sem companhia

    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/