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[Resenha] Eu, Robô – Isaac Asimov

Publicado em 13 mar, 2016
Eu, Robô – Isaac Asimov
ISBN-10: 8576572001
Ano: 2014
Páginas: 315
Editora: Aleph
Classificação: 

 

Eu, robô reúne os primeiros textos de Isaac Asimov sobre robôs, publicados entre 1940 e 1950. São nove contos que relatam a evolução dos autômatos através do tempo, e que contêm em suas páginas, pela primeira vez, as célebres ‘Três Leis da Robótica’ – os princípios que regem o comportamento dos robôs e que mudaram definitivamente a percepção que se tem sobre eles na literatura e na própria ciência.

 

Resenha:

Eu, Robô é uma coletânea que organiza contos de Isaac Asimov publicados décadas atrás numa linha de raciocínio temporal. Esqueça tudo que você viu na adaptação do livro para o cinema e se atenha ao seguinte: um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal; um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com o item anterior e um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com tudo que acabei de dizer. Esses três pontos são as famosas Leis da Robótica e as nove situações narradas nessa obra colocam cada uma delas em questão das formas mais perigosas e absurdas que você possa imaginar.

Em cenários que vão do nosso pequeno planeta Terra até o forte calor do sol no solo de Mércurio, o livro narra um profundo registro evolutivo de como os robôs foram inseridos na sociedade como simples babás-mudas até governarem o mundo com seus super cérebros. Quem conta tudo isso é Susan Calvin, uma psicóloga robocista envolvida e atuante em todos esses estágios.
É bom deixar claro que aqui os robôs, apesar de serem “subordinados” aos seus criadores, possuem sentimentos e capacidade de raciocinar por conta própria. Eles não são totalmente livres, mas possuem tanta perspicácia que ao tomarem decisões que fogem do controle humano não estão fazendo nada além do que o leitor espera que eles façam. É assustador. O homem criou uma máquina capaz de fazer coisas de um modo tão perfeito, que em algum momento de tudo isso os robôs vão considerar a existência humana desnecessária.
Em escala de predileção pessoal os problemas enfrentados por cientistas, especialistas de campo e pesquisadores no geral durante as mais de 300 páginas que formam esse livro foram: o que fazer quando um robô não acredita que foi criado pelo homem. Afinal, como um ser tão inferior poderia ter feito algo melhor que ele? O robô, que nesse caso estava no espaço, chega a duvidar da existência da Terra e sua população.
E quando um robô que lê mentes consegue enganar todos os cientistas do complexo? Nesse conto eu realmente fiquei surpreso. Além da máquina mentir para as pessoas mais importantes da ciência, ela fez isso dentro das leis da robótica e motivado por algo maior: ele só queria ver todos felizes. O que realmente espanta é que tudo de ruim que acontece não foge dos parâmetros legais. Os robôs podem causar muita bagunça sem estarem totalmente danificados.
O penúltimo conto é o terceiro que mais gosto. É sobre um político acusado de ser um robô por nunca ter sido visto comendo ou bebendo em público. Seu adversário arma um verdadeiro cirso midiático para colocar a população contra ele. Lembrando que independente do estágio de evolução dos robôs eles meio que sempre serão vistos como uma ameaça à humanidade. Como se pudessem substituir os homens a ponto de serem os únicos a habitar o universo. Ao final a gente fica deslumbrado com a astúcia do político-talvez-robô e sua forma de conduzir a situação.
Além do velho debate entre homem, tecnologia e a forma como nos relacionamentos com o futuro, as histórias carregam lições filosoficamente humanas. Se até inteligências artificiais tomam atitudes por conta própria porque nós optaríamos por viver numa bolha? Asimov escreve sobre isso e mais de forma simples e envolvente. É uma boa opção para quem quer começar a ler ficção científica.
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