Um dos mais inovadores autores de livros jovem adulto e o primeiro a emplacar uma trama gay na lista do New York Times, David Levithan retoma a sua mais emblemática trama em “Outro dia”. Aqui, a já celebrada — com várias resenhas elogiosas — história de Todo dia é mostrada sob o ponto de vista de Rhiannon. A jovem, presa em um relacionamento abusivo, conhece A, por quem se apaixona. Só que A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Mas embarcar nessa paixão também traz desafios para Rhiannon. Todos eles mostrados aqui. A previsão de lançamento é para fevereiro. O OMD já resenhou Todo Dia. Confira um trecho:
Chega a ser absurdo o modo como me identifiquei com essa estória, mais precisamente com o personagem principal, o A. Todos os seus pensamentos e opiniões de alguma forma me representaram, em praticamente todas as situações, quase uma extensão de mim. Como vocês podem imaginar, o meu primeiro contato com a escrita do Levithan acabou sendo maravilhosa.
Tudo que A tem é o amanhã. A cada despertar o nosso protagonista se encontra em um novo corpo, vivendo uma nova vida, completamente diferente da que viveu ontem. Tem sido assim desde que nasceu e não há uma explicação para isso. Ele é uma espécie de hospedeiro indesejado, um andarilho. Ele pode ser uma garota hoje, um garoto amanhã, o corpo em si não importa, muito menos a raça, sexualidade ou religião, mas toda a complexidade que envolve ser alguém diferente todos os dias. Ele é ele mas é outra pessoa também. O passado não ofusca-lhe e o futuro não trás motivações. Ele nunca terá um relacionamento verdadeiro, construirá laços duradouros ou confiará segredos a alguém. Ele está só de passagem e o presente é o seu eterno destino. Conhecimento é a única coisa que leva consigo quando vai embora. Sua missão é enfrentar o dia sem mudanças que causem interferências na vida da pessoa. De duas coisas ele tem certeza: são sempre jovens com a mesma idade que a sua, 16 anos, que geralmente não lembram de nada sobre o dia em que emprestaram sua existência. Há apenas uma ideia vaga de como o dia fora sem grandes detalhes específicos. E nunca o mesmo corpo, não há repetição.
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