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[Resenha] Todos os Nossos Ontens – Cristin Terrill

Publicado em 14 jan, 2016

Todos os Nossos Ontens – Cristin Terrill
ISBN-10: 8581637981
Ano: 2015
Páginas: 352
Editora: Novo Conceito
Classificação: 
Página do livro no Skoob

O que um governo poderia fazer se pudesse viajar no tempo?  Quem ele poderia destruir antes mesmo que houvesse alguém que se rebelasse? Quais alianças poderiam ser quebradas antes mesmo de acontecerem? Em um futuro não tão distante, a vida como a conhecemos se foi, juntamente com nossa liberdade. Bombas estão sendo lançadas por agências administradas pelo governo para que a nação perceba quão fraca é. As pessoas não podem viajar, não podem nem mesmo atravessar a rua sem serem questionadas. O que causou isso? Algo que nunca deveria ter sido tratado com irresponsabilidade: o tempo. O tempo não é linear, nem algo que continua a funcionar. Ele tem leis, e se você quebrá-las, ele apagará você; o tempo em que estava continuará a seguir em frente, como se você nunca tivesse existido e tudo vai acontecer de novo, a menos que você interfira e tente mudá-lo…

Resenha:
Se pararmos para pensar viajar no tempo é perigoso. Uma autora que se dispõe a abordar essa temática tem que ter algo muito genial em mente para não cair naquele velho problema de tramas rasas que poderiam ser fantásticas. Cristin Terril criou um mundo tão devastado pelo poder que ter esperanças sobre o futuro foi a última coisa que tive enquanto lia seu livro.

Imagine que voltar ao passado é possível e que os Estados Unidos faz um passeio pela História sempre que precisa alterar algo que seja conveniente para o seu próprio crescimento como potência mundial. Imagine que você está envolvido, mesmo que sem querer, no projeto de construção de uma máquina do tempo. Agora imagine que você é amiga do jovem responsável pela criação desse meio de transporte nada convencional e precisa matá-lo antes que milhares de inocentes morram por pura ganância alheia.


Em já não sabe ao certo há quanto tempo está presa. Ela é torturada diariamente pelo Doutor e seus capangas. Eles querem saber onde ela escondeu documentos importantes que podem mudar o rumo de planos fatais. Na cela ao lado, Finn é usado como isca para amolecer a falta de cooperação de Em. Ele é seu amigo e está sendo muito mais torturado. Mas as ameaças não tem tanto efeito assim. Em e Finn meio que sabem o que acontece a seguir. Uma hora vai parar. Eles conseguem fugir. Fugir de volta para o passado. A dupla só precisa descobrir como fizeram isso da última vez, já que pelas memórias essa deve ser a décima quinta vez que eles tentam consertar o caos do mundo.

O mais interessante dessa história, por mais confusa que sejam todas essas revelações, é que Em e Finn precisam matar um rapaz que um dia já foi o melhor amigo deles – e o grande amor dela. James deixou o poder subir à cabeça, se envolveu com as pessoas erradas e entendeu as coisas da pior maneira possível. O James do futuro é um monstro. O James do passado é um jovem inocente que não sabe das atrocidades de que é capaz. Em e Finn já tentaram alterar as ordens de vários acontecimentos, mas nada nunca impediu o garoto de bombardear cidades inteiras e colocar a sociedade num regime totalitário e totalmente sem liberdade de expressão.

O que dá todo o gás à trama são as versões passadas de Em e Finn. Eles não podem se encontrar com suas versões do futuro. Isso colocaria o tempo em colapso. Romperia as barreiras do espaço tempo. Não há dúvidas de que a viagem de volta será repleta de perigos. O que eles ainda não sabem é que pode ser a última. A última chance.

Intercalado entre as narrações de Em e Marina, Todos os Nossos Ontens chegou a me irritar em muitos momentos. Alguns capítulos são pura encheção de linguiça. Quando algo realmente surpreendente estava prestes a acontecer (geralmente nas partes de Em), lá vinha Marina com sua fragilidade e babaquice juvenil. Claro que tudo isso foi arquitetado maleficamente pela autora, mas senti um exagero. Cortou meu ritmo de leitura diversas vezes. A explicação científica dada pela autora para a possível realização das viagens se enquadra totalmente numa grande “viagem”. Vale a pena tentar entender.

Também gostaria de ter tido uma visão mais detalhada da atual situação da sociedade. E nesse quesito, mesmo sem tantos exemplos, o leitor sente perfeitamente a urgência em mudar as coisas.
Mas ainda acho que algumas descrições poderiam ter sido gastas nesse aspecto. Os capítulos finais são maravilhosos. Meio que faz valer a pena o estresse dos diálogos que não deram em nada e as confabulações que não acrescentaram muito à história.

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