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[Resenha] O Voo da Libélula – Michel Bussi

Publicado em 07 jan, 2016

O Voo da Libélula – Michel Bussi
ISBN-10: 8580413664
Ano: 2015
Páginas: 400
Editora: Arqueiro
Classificação: 

Página do livro no Skoob

Na noite de 23 de dezembro de 1980, um avião cai na fronteira entre a França e a Suíça, deixando apenas uma sobrevivente: uma bebê de 3 meses. Porém, havia duas meninas no voo, e cria-se o embate entre duas famílias, uma rica e uma pobre, pelo reconhecimento da paternidade.Numa época em que não existiam exames de DNA, o julgamento estende-se por muito tempo, mobilizando todo o país. Seria a menina Lyse-Rose ou Émilie? Mesmo após o veredicto do tribunal, ainda pairam muitas dúvidas sobre o caso, e uma das famílias resolve contratar Crédule Grand-Duc, um detetive particular, para descobrir a verdade. Dezoito anos depois, destroçado pelo fracasso e no limite entre a loucura e a lucidez, Grand-Duc envia o diário das investigações para a sobrevivente Lylie e decide tirar a própria vida. No momento em que vai puxar o gatilho, o detetive descobre um segredo que muda tudo. Porém, antes que possa revelar a solução do caso, ele é assassinado.

Resenha:
Antes de começar a leitura de O Voo da Libélula eu havia
lido alguns comentários negativos de pessoas próximas a mim. Pessoas em quem
confio nas opiniões. Bem, depois de 400 páginas lidas cheguei a conclusão que a
obra de Michel Bussi merece cada um dos 800 mil exemplares vendidos mundo
afora. Há, claro, um porém.
É estupidamente cinematográfico. É algo bom, mas também é um
defeito. A história peca nos excessos. Lugares apresentados de forma muito
detalhada, pensamentos reflexivos que se estendem demais e até considerações
pessoais dos personagens que no final das contas não acrescentam em nada a
seguir. É aquela típica obra que se tivesse 100 páginas a menos seria
maravilhosa. Mais leve e fácil de ler. Não que a escrita seja complicada, pelo
contrário, a narrativa em terceira pessoa é fluída e divide os capítulos com a
narração feita pelo próprio Crédule Grand-Duc, o protagonista desse suspense
arrebatador.
O acidente em que o Airbus 5403 se chocou contra uma
montanha matando 145 passageiros fez história. Comoveu o mundo e a mídia. Não
só pelo tom mórbido da ocasião, mas pelo drama que se estendeu por mais tempo
do que deveria. Duas crianças recém-nascidas ocupavam assentos no avião. Apenas
uma delas sobreviveu. E numa época em que exames de DNA ainda não existiam e os
poucos meses de vida significava que apenas os pais de cada uma haviam segurado
as bebês no colo, a investigação para identificar a familiaridade delas se
tornou uma novela. Lyse-Rose de Carville ou Émilie Vitral? Quem era a bebê que
por razões desconhecidas e inexplicáveis havia sobrevivido ao acidente sem um
único arranhão?
A primeira resposta para essa pergunta nos é dada logo nos
primeiros capítulos. Pistas, provas e indícios entregam a criança para uma das
famílias. Uma ordem da justiça. Final. Nem preciso dizer que o clima é de
insegurança e dúvida, né? Se para uma família a decisão significou vida, para a
outra foi uma segunda morte. Para uma criança viver a outra precisou ser
queimada viva.
O que guia a história é a falta de certezas e uma
investigação paralela. A família Carville contrata um detetive particular para
voltar ao início de tudo e estudar todas as possibilidades. De uma possível
testemunha ocular a vestígios de algo no local da colisão. Crédule Gran-Duc tem
exatamente 18 anos para concluir o caso. Uma vida inteira e recursos
inestimáveis. Ele precisa mover mares e céus para descobrir a verdade. Mesmo
que a verdade se assemelhe ao que já foi dito.
Nas páginas de O Voo da Libélula acompanhamos um diário
deixado por Gran-Duc com todas as suas descobertas. No último dia de seu prazo
ele encontrara algo tão assustador que resolve tirar a própria vida. O diário
agora está nas mãos da criança sobrevivente. Bem, na mulher em que se
transformara. Ela cresceu sem saber ao certo quem era. Apaixonada pelo irmão
que poderia muito bem não ter o seu sangue. Um homem que pode ser o amor da sua
vida.
Eu poderia tecer comentários sobre os diversos personagens
que fazem parte da história, mas acho que é delicioso descobrir a forma como o
autor construiu tudo isso. Preciso admitir que o grande segredo da trama não é
lá tão surpreendente. Na verdade foi a primeira hipótese que levantei e estava
certo. Foi uma leitura que demorou mais do que deveria, pelas razões que já
deixei aqui explícitas, mas que me cativou. Deixo aqui a dica.
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