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[Resenha] Filha da Ilusão – Teri Brown

Publicado em 06 set, 2015

Filha da Ilusão – Teri Brown
ISBN-10: 8565859290
Ano: 2014

Páginas: 288
Idioma: português
Editora: Valentina
Classificação: 
Página do livro no Skoob

Ilusionista talentosa, Anna é assistente de sua mãe, a famosa médium Marguerite Van Housen, em seus shows e sessões espíritas, transitando livremente pelo mundo clandestino dos mágicos e mentalistas da Nova York dos anos 1920. Como filha ilegítima de Harry Houdini – ou pelo menos, é o que Marguerite alega – os passes de mágica não representam um grande desafio para a garota de 16 anos: o truque mais difícil é esconder seus verdadeiros dons da mãe oportunista. Afinal, enquanto os poderes de Marguerite não passam de uma fraude, Anna consegue realmente se comunicar com os mortos, captar os sentimentos das pessoas e prever o futuro.Porém, à medida que os poderes de Anna vão se intensificando, ela começa a experimentar visões apavorantes que a levam a explorar as habilidades por tanto tempo escondidas.

Resenha:
A maior motivação para, finalmente, começar a leitura desse livro foi o fato dele abordar uma temática que pouco vejo em livros da minha estante: o ilusionismo. Sempre me pareceu um assunto interessante. Nem consigo listar o tanto de coisa que imaginei que encontraria nessa história. De algum modo encontrei cada uma delas, mas de uma forma diferente. Para mim, o maior problema na obra de Teri Brown é a falta de amarras. De um rumo específico para a trama. A protagonista busca tantas coisas que me vi cansado em inúmeros diálogos que não levaram a nada.

Anna Van Housen e sua mãe não possuem residência fixa. Elas perambulam por toda Nova York em busca de públicos que a sustentem. Claro que existe uma certa satisfação em assustar e encantar a todos com os truques de ilusionismo mais complicados, mas no fundo, a sobrevivência fala mais alto, pelo menos para a dona Marguerite. As sessões espíritas, onde elas encorporam aqueles que já se foram, são uma renda extra. Uma atividade feita em caladas da noite para grupos seletos que pagam bem. Na maioria das vezes elas e o empresário Jacques acabam foragidos da cidade, correndo para não serem presos. Pegos. Em meados de 1920 o ilusionismo era ilegal. Quem vivia disso vivia na clandestinidade.

No meio de toda essa correria, Anna esconde um segredo. Ela não é uma fraude. Uma charlatã como a sua mãe. Seus dons são reais. Ela consegue se comunicar com o poder da mente, conversar com os mortos de verdade. A cada capítulo e sessão que acontece fica mais claro para todos que existe algo de perigoso e verídico no amontoado de truques. Confusa, ávida por respostas e disposta a conhecer a si mesma de verdade, Anna acaba indo em busca de uma organização, uma espécie de sociedade que estuda fenômenos paranormais. Que estuda pessoas com dons. Enquanto ela não descobre nenhuma informação nova ou relevante sobre tudo que já sabe, coisas estranhas começam a acontecer. Alguém está a perseguindo. Uma sensação ruim se faz cada vez mais presente e tudo indica que as visões assustadoras que ela tem com sua mãe estão prestes a acontecerem.

Um dos pontos mais positivos da trama é a referência ao saudoso e grande Harry Houdini, um dos maiores escapistas de toda a história do ilusionismo. Marguerite nunca afirmou, mas dá a entender que Anna é filha dele. Aqui temos uma situação delicada. Anna sempre quis ter um pai, mas o cara nunca a procurou ou demonstrou interesse pela garota.

Quem acha que o romance não está presente se engana. Temos um triângulo amoroso. Owen é encantador, de atitude. Cole é misterioso, sempre pelas beiradas. Acredito que toda a construção do trio é proposital para o desfecho do livro. A gente torce por um, se engana, torce pelo outro, mas ainda assim relutante e no final não sabe bem se gostaria que as coisas terminassem assim. A grande questão de Filha da Ilusão é que o modo desordenado com que algumas coisas surgem e se aplicam deixa tudo muito frouxo. Senti falta de uma grande questão existencial que guiasse tudo. Anna quer saber quem é, quem é o pai, quem a persegue, quem ama, quem é a mãe, quem, quem, o quê. Se, ao menos, o ritmo de alguns trechos não fossem tão lentos e descritivos… Demorei mais do que gostaria na leitura. Os capítulos finais resolvem problemas de uma hora para outra. Fiquei incomodado e até demorei a entender o que tinha acontecido.

No mais, é uma ótima história sobre ilusionismo. A ambientação fiel e realística nos transporta de verdade para uma época em que fazer mágica era perigoso, excitante e arrastava pequenas multidões na surdina.

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