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[Resenha] Amy & Matthew – Cammie McGovern

Publicado em 14 abr, 2015

Amy e Matthew – Cammie McGovern
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501070180
Ano: 2015
Páginas: 336

Classificação: 

Amy e Matthew não se conheciam realmente. Não eram amigos. Matthew sabia quem ela era, claro, mas ele também sabia quem eram várias outras pessoas que não eram seus amigos.Amy tinha uma eterna fachada de felicidade estampada em seu rosto, mesmo tendo uma debilitante deficiência que restringe seus movimentos. Matthew nunca planejou contar a Amy o que pensava, mas depois que a diz para enxergar a realidade e parar de se enganar, ela percebe que é exatamente de alguém assim que precisa.À medida que passam mais tempo juntos, Amy descobre que Matthew também tem seus problemas e segredos, e decide tentar ajudá-lo da mesma forma que ele a ajudou.E quando a relação que começou como uma amizade se transforma em outra coisa que nenhum dos dois esperava (ou sabe definir), eles percebem que falam tudo um para o outro… exceto o que mais importa.

Resenha:
A verdade é que demorei mais do que deveria na leitura desse livro. Apesar da premissa ser instigante, o desenrolar da problemática é um tanto que arrastado. Quem acompanha o Omd deve perceber que me encanto com livros que retratam temas fortes como doenças ou síndromes. A curiosidade de informação impulsiona automaticamente nesses casos, o saber a respeito sempre acelera qualquer leitura desse tipo. Em Amy e Matthew, a narrativa feita em terceira pessoa deixa a história fria. É isso. Não há saída. Um personagem salva tudo.

Amy é a grande protagonista da história. Ela tem paralisia cerebral e utiliza um equipamento eletrônico para se comunicar. Assim como sua voz, a achei meio robótica. A autora não conseguiu me tocar o suficiente. Infelizmente. Sua deficiência a tornou solitária e cercada de auxiliares que dariam tudo para não estar ali. As tentativas de Amy para provar que é tão normal como qualquer outra pessoa a tornam egocêntrica. Em certo ponto da história parece que o mundo gira em torno dela. É, cultivei um certo ranço da garota. Apesar de tudo, a incapacidade que ela tem de controlar suas expressões faciais não será impecilho para demonstrar o que sente quando for a hora certa.

Matthew é o grande trunfo da história e deveria ter um espaço maior em tudo. Ele sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo e não sabe muito bem como lidar com isso. Preciso tirar meu chapéu para MacGovern, ela conseguiu transmitir toda a agonia e desespero das manias, preocupações e compulsões que o garoto sofre. É uma crescente de ansiedade que afeta diretamente o leitor. Eu que já sou ansioso me vi profundamente incomodado com as passagens dedicadas a esses momentos. Os rituais diários são frutos de neuras absurdas.

Como é de se esperar, afinal o título entrega bastante coisa, Amy e Matthew vão se envolver. Matthew passa a ser um dos auxiliares de Amy na escola. Juntos, eles despertam um no outro coisas antes desconhecidas. Parece clichê, mas a condição física, mental e emocional de cada um dá um toque novo e inédito ao que estamos acostumados a ler. Os desafios e obstáculos que enfrentam diariamente, cada um a seu modo, serão moldados e vencidos juntos. É bonito de acompanhar, e seria até mais belo se a narrativa não parecesse tão morna em tantos momentos.

Amy só quer mostrar para a mãe que não é e nem precisa ser incrível o tempo todo. Sua situação é dolorosa e limitante. A vida é assim. Não há nada errado em aceitar-se. Matthew, com sua sinceridade sem limites conquista aos poucos o coração de Amy, que desde o início bateu com mais força pelo garoto. Mat está disposto a melhorar para ser alguém digno desse amor. Os pontos mais positivos são de longe a exibição dos defeitos e falhas que possuem. Eles não são perfeitos, nem querem ser. É possível amar alguém por suas fraquezas também.

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