Put some farofa – Gregorio Duvivier
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 9788535925067
Ano: 2014
Páginas: 208
Classificação:
Página do livro no Skoob / Compre!
Dont repair the mess. The house is yours. I make question. Pardon anything. Go with god. Come back always. Publicada em Julho de 2014, a crônica que dá título a este volume, que cria uma conversa imaginária de um brasileiro com um gringo visitando o Brasil durante a copa, rapidamente se tornou um viral de internet, até ser comentada em artigo do Washington Post. Trata-se de uma amostra da verve humorística embebida de zeitgeist, crítica ferina e muito afeto de Gregorio Duvivier, um dos autores mais promissores do Brasil na atualidade. Reunindo o melhor de sua produção ficcional, Put some farofa traz textos publicados na Folha de S.Paulo e esquetes escritos para o canal Porta dos Fundos, além de alguns inéditos.
Não costumo ler muitos livros de crônicas, sobretudo pela minha formação (onde aprendi que a crônica é um gênero que, como posso dizer, é facilmente deixado de lado por seu caráter mais cotidiano), mas posso afirmar que este livro tem um diferencial, bem marcado no humor, que imprime esses textos não apenas nos livros, mas arrisco dizer que faz saltar na cara do leitor e o convida a rir dele e com ele nas mais inusitadas situações como, uma consulta com o psiquiatra, uma terapia de casal, um encontro no restaurante, uma notícia de morte.
Aliás, é sobre a notícia de morte que obtemos os spoilers da vida. Esse é o título do último texto do livro, Spoilers (p. 196) e que talvez seja o texto mais bem-quisto, pelo menos para quem já leu. Ele consegue provocar um encontro entre o leitor e a reflexão da própria vida mediado pelas séries de tv. Confesso que ri quando vi o trechinho que fazia referência a Game of Thrones (uma das séries que acompanho e sou louco).
A leitura do livro é bem rápida e tranquila. Arrisco dizer até que chega a ser “gostosa”, por isso o livro levou minha classificação de quatro patinhas fofinhas (não leva cinco porque acredito cegamente que só um livro superultramegalegal que vai me destruir com a leitura é que merece levar as cinco patinhas fofinhas). O humor presente na obra faz você rir das mais diversas situações, até do ditado “A pressa é inimiga da perfeição e deseja a ela vida longa pra que ela veja cada dia mais sua vitória” (p. 120), e isso torna o livro bastante interessante, como já devo ter falado milhões de vezes. Mas apenas acrescentando mais uma, conhecer o Gregorio assim “de perto” dá até vontade de querer ter uma amizade platônica (entre o Gregorio e eu).
Carlos Cavalcanti, graduando em Letras (Português e Inglês) pela UFRPE, tem 20 anos e uma idade mental de pelo menos uns 800, com muito exagero. É apaixonado por livros e leitura e ainda sonha em escrever, ou quem sabe traduzir, algum romance (que não seja piegas). Gosta, sobretudo, de distopias, ficções, fantasias, suspenses e todas as leituras que prendem o leitor da primeira à última página do livro.
Deixe seu comentário