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AS MELHORES LEITURAS DO ANO: 2014

Publicado em 24 dez, 2014
Estou naturalmente mais crítico. E chato também. Quando parei para analisar tudo que li em 2014 não senti dificuldade alguma em escolher as histórias que me marcaram. A verdade é que poucos livros me abalaram esse ano. Poucas narrativas me tiraram do chão.  Até o momento contabilizo 82 leituras finalizadas, duas a menos que em 2013. Razoável. Não foi dessa vez que atingi cem leituras, mas tudo bem. Considerando a rotina louca que tive nos últimos meses, é quase um milagre de natal  estar aqui escrevendo esse post. Eu consegui ler, poxa! A seleção abaixo está a mais eclética possível. Comentarei brevemente sobre cada escolhido, afinal, o ideal é que vocês leiam as resenhas publicadas – clicando na capa você será redirecionado.
      

“Destino Mortal” foi um monstro de 550 páginas brancas devoradas em dois dias. Apesar dessa capa, não é um erótico. É uma espécie de X-Man com direito a romance gay e muito sexo poético. “A Invenção das Asas” me levou para uma época em que as mulheres não tinham voz e as crianças ganhavam escravos de presente no aniversário. Tecida em contextos reais, a história acompanha a trajetória de uma das primeiras feministas do mundo: Sarah Grimké. Uma heroína. De início ao fim meu coração esteve apertado. “Proibido” mostra o quão certo e errado pode ser uma relação incestuosa. É caótico, pesado, angustiante, bonito e o desfecho me deixou sem ar. “Mentirosos” foi o único livro em toda a minha vida que li mais de uma vez. Quanto menos você souber melhor, mas pode dar uma espiada na resenha que foi escrita com todo o cuidado, tá?. É estupidamente inteligente e bem escrito. “Aristóteles e Dante descobrem os Segredos do Universo” me fez chorar nas últimas cem páginas. É sobre aceitar-se e ter a consciência daquilo que te fere, te ganha e te estimula. O autor se assumiu homossexual aos 54 anos de idade e é perceptível o quanto de si ele doou para esse romance. É pessoal e tocante de verdade.
     
Enquanto lia “Todo Dia” pensei incontáveis vezes “poxa, eu deveria ter escrito esse livro. Como não pensei nisso antes?”. Imagine acordar cada dia de sua vida em um corpo diferente, levando uma vida diferente em um lugar diferente da terra. Com quotes incríveis, o autor deixa claro o que todos nós devíamos saber desde sempre: que não importa sexo, religião ou raça, somos todos iguais e temos o direito de amar. Simplesmente amar. “Dançando sobre cacos de vidro” é cruel. Chorei de soluçar com tudo que li. Lucy está com câncer e Michael sofre de transtorno bipolar. Eles estão apaixonados e a vida não poderia ser mais complicada, perigosa e dolorosa. Doeu em mim. É o tipo de livro que nos dá uma noção nova de espaço. “Par Perfeito” é um chic-lit. Sabe aqueles romances de mulherzinha? Aquelas comédias com personagens de trinta anos? Amo. Gargalhei alto com as sacadas super atuais da autora. De longe o livro mais original dentro desse gênero. Se você procura uma leitura que te faça sorrir sem querer, aqui está! 
“Enfeitiçadas” foi uma surpresa. Em um cenário onde as bruxas são caçadas e as mulheres rigidamente destinadas ao âmbito social e familiar, Cate precisa ensinar magia as duas irmãs sem levantar suspeitas. Tem coisa mais encantadora que a Inglaterra do século XIX? E com uma pitada mística então. Delícia! Adoro histórias que se passam em ilhas. Boas histórias que se passam em ilhas, então, amo forte. O cenário de “Fênix: A Ilha” é assombroso. Suei frio e me apaixonei pelos personagens. Execuções públicas, eletrochoques, caçadas na floresta e lobotomias. Querem mais o quê?
   

Sabe aquelas críticas que nunca perdem a validade? “Fluam minhas lágrimas, disse o policial” tem um nome inusitado, admito, mas está cheia delas. Trata-se da distopia mais intrigante que pude conhecer. Ah, e é um clássico da ficção científica, viu? Também leio clássicos. Sou desses. Em um dia, Jason Taverner é o apresentador de TV mais famoso do mundo. No outro, ele não existe. Ninguém o conhece, não há sequer registro de nascimento. É um abuso o que esse autor faz com o leitor. Fantástico! “Os Três” entrou na cota dos livros que não consigo ler de jeito nenhum durante a madrugada. É impossível dormir tendo lido qualquer parágrafo assustador escrito pela autora. É impactante de verdade, atinge o leitor. Um circo midiático se instala quando quatro aviões explodem em quatro continentes diferentes matando centenas de pessoas. Quando apenas três crianças sobrevivem as catástrofes, incontáveis teorias conspiratórias tentam explicar o ocorrido. O livro é narrado através de depoimentos de pessoas envolvidas com o acidente. É macabro e genial.

“Quando tudo volta” se tornou favorito por pequenos detalhes. Os personagens são tão bem construídos que me vi em vários posicionamentos e reflexões. A minha resenha do livro explica melhor, não consigo dizer o quanto acho tudo encantador. “Os Diários de Bluebell” me afogou em ondas de nostalgia. Algo no clima do enrendo me transmitiu uma sensação de infância, de sessão da tarde e primeira série da escola. É uma história aparentemente simples que cresce para todos os lados e te abraça.

Para reforçar essa lista, digo o seguinte: se eu pudesse e meu dinheiro desse, eu presentearia todos de que gosto com essas histórias fantásticas. Pronto. O que vocês andaram lendo em 2014? 
Felipe Miranda

Felipe Miranda

Sou redator, produtor de conteúdo, freelancer 24h e quase jornalista. Não consigo ficar quieto. Criei o OMD aos 15 anos e de lá para cá já vivi um mundo inteiro de histórias malucas (sem nem sair de casa).

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