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[Resenha] Marcados – Caragh M. O’brien

Publicado em 12 ago, 2014

Marcados – Caragh M. O’brien
Editora: Gutenberg
ISBN: 9788582351383
Ano: 2014
Páginas: 368
Classificação: 
Página do livro no Skoob / Compre!

No futuro, o mundo é árido e hostil, dividido entre os que moram dentro do conforto da muralha, o chamado Enclave, e os que duramente tentam sobreviver no miserável lado de fora, como a jovem Gaia Stone. Aos 16 anos, assim como sua mãe, segue o ofício de parteira, e cumpre sem questionar o dever de entregar uma cota dos recém-nascidos para o Enclave. Porém, sem que ela entenda o porquê, seus pais são presos pelas mesmas pessoas a quem eles sempre serviram e desaparecem. Os esforços de Gaia para resgatá-los a levam para dentro da muralha, e ela acaba descobrindo a existência de um código, cujo significado pode colocar muita coisa em risco, mas que também ameaça sua vida e a segurança de sua família.

Resenha:
A empolgação sempre me acompanha ao descobrir boas estórias. A obra distópica de Caragh M. O’brien é original e bem escrita. Fãs do gênero que se preparem, Marcados tem tudo para ser uma febre.

O cenário futurístico da vez é dividido por uma grande muralha. O Protetorado é a força interior maior que administra a sociedade e reside no conforto do Enclave. A parcela considerada inferior é mantida com recursos mínimos no lado de fora da muralha sendo assim privados de tecnologia e educação. Gaia Stone sempre acreditou que a vida dentro das muralhas era o ideal de bem-estar e felicidade. Afinal, como poderia ser plenamente feliz sobrevivendo entre doenças e miséria enquanto pessoas consideradas melhores que ela desfrutavam de luxos como comida e banho quente?

O grande barato, me permitam usar esse adjetivo, está no fato do Enclave determinar que as três primeiras crianças a nascerem em cada início de mês devam ser entregues nos portões da muralha. A garantia de uma vida melhor acalma o coração das famílias que perdem seus bebês. Em troca recebem velas, micro proteínas, tecidos, lenhas e água. Não que isso signifique que elas tenham alguma opção… A cota é lei. As responsáveis pela difícil tarefa são as parteiras, e nesse ponto se encaixa nossa protagonista. Gaia Stone não foi entregue ao Enclave devido a queimadura no rosto que deixou cicatrizes que a classificaram como defeituosa e estranha. Um fardo que carrega desde sempre e moldou seu jeito de enxergar o mundo. Seus dois irmãos perfeitos foram entregues e ela nunca os conheceu. Quando seus pais são levados na calada da noite pelos soldados do Enclave, Gaia é obrigada a assumir as funções de sua mãe no Setor Oeste Três de Wharfton. O que estaria acontecendo?

A Velha Meg fugiu para a Terra Perdida  mas não antes de deixar um pacote para Gaia. Um pacote com um segredo de sua mãe. Um segredo envolvendo as crianças entregues e informações que o Enclave daria tudo para ter. Quando Gaia descobre que seus pais correm risco de vida ela toma uma decisão perigosa: invadir a muralha.  Preciso avisá-los antecipadamente, mortes em praça pública são comuns e fazem parte da realidade opressora da trama. A sobrevivência de alguém é decidida pela sua serventia ao Protetorado. A perfeição que o Enclave sustenta para boa parte da população de fora das muralhas é apenas uma fachada para a brutalidade que ali habita. Escrevi bastante e não expliquei metade das coisas necessárias para compreensão da grandiosidade do enrendo. E nem tentarei! Há incontáveis regras de relacionamento envolvendo as pessoas que vieram de fora da muralha por uma única razão: as pessoas de dentro estão morrendo. Estão fracas demais.

O romance está presente mas não é o foco, ele cresce lentamente e ganha força nos capítulos finais juntamente a toda ação que acompanhamos desde a primeira atitude corajosa de Gaia. Não tenho comentários negativos a respeito dos personagens, a autora fez um trabalho excelente ao dosar a insegurança de Gaia pela sua aparência com a bravura de lutar pelo que acredita e ama. É apaixonante. O Sargento Leon é a cereja do bolo e dá graça, vida e momentos únicos a narrativa que é feita em terceira pessoa. Minha única ressalva vai para as repetições que o enredo apresenta, em determinados momentos parece que estamos lendo a mesma coisa mais uma vez. Isso me cansou e foi responsável por prolongar um pouco a leitura. Os detalhes a respeito de tudo são tão instigantes que não é possível ficar muito tempo longe do livro, não se preocupem. A sede de justiça e vingança que se instala é revigorante e nada impedirá Gaia de ir até o fim. A genética explica quase tudo que envolve os bebês. O amor ainda pode salvar vidas…

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