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[Resenha] A Espada de Shannara – Terry Brooks

Publicado em 15 jul, 2014

A Espada de Shannara – Terry Brooks
Editora: Saída de Emergência Brasil
ISBN: 9788567296135
Ano: 2014
Páginas: 544
Classificação: 
Página do livro no Skoob / Compre!

Há muito tempo atrás, as guerras de um anciente Mal arruinou o mundo e a humanidade foi forçada a competir com muitas outras raças – gnomos, trolls, anões e elfos. No pacífico vale de Shay o meio-elfo Shea Ohmsford sabe pouco de tais problemas, isso até o gigante proibido com poderes druidas estranhos, Allanon, lhe revelar que o supostamente morto Lorde Warlock está tramando para destruir o mundo em pequenas parcelas. A única arma capaz contra seu poder da escuridão é a Espada de Shannara, que pode ser usada apenas pelo verdadeiro herdeiro de Shannara. E Shea é o último dessa linhagem e nele repousa a esperança de todas as raças. Logo o Portador da Caveira, um pavoroso favorito do Mal, se dirige para o Vale para matar Shea. Para salvar o Vale da destruição, Shea foge, levando em seu encalço o Portador da Caveira.

Resenha:
A obra fantástica de Terry Brooks não foi uma leitura fácil ou rápida, não estou me referindo a vocabulário ou ambientação, o grande peso negativo de Shannara foi seu ritmo lento e sua narrativa extremamente detalhista em diversos momentos. Felizmente, quando o cansaço me abatia algo interessante me prendia e engatava a trama de forma espetacular. Sim, essa resenha será um misto de amor e ódio.

As duas Grandes Guerras deram um fim à soberania da raça humana, há dois mil anos os homens isolaram-se nas Terras do Sul ignorando os problemas que vieram a assolar o restante do mundo. A fim de se reerguer após todas as percas catastróficas, eles pouco se importaram com as novas raças que passaram a habitar as Terras do Norte, Leste e Oeste. Trolls, Gnomos, Elfos e Anões, desenvolveram-se e ergueram civilizações próprias. A fim de um melhor relacionamento entre as raças, um conselho de mentes geniais peritas nas artes mais antigas e poderosas do mundo fora organizado. O Conselho dos Druidas seria o responsável por estabelecer  paz e ordem. Obviamente, sempre há alguém esperto demais que se convence de algo irreal e passa a lutar pelo lado errado da força. Surgiu assim o Lorde Feiticeiro, o Druida rebelde Brona, e a primeira Grande Guerra das Raças. Situaram-se no cenário fantástico? Pois bem, agora todos correm perigo novamente. Uma terceira Grande Guerra é eminente e promete ser a mais avassaladora de todas. Diferente do que todos acreditam, o Lorde Feiticeiro não fora destruído. O Reino da Caveira é seu domínio e o Herdeiro da Espada de Shannara, filho da Casa de Shannara é a única esperança de salvação.

Desde que fora adotado quando pequeno Shea Ohmsford vive tranquilamente no Vale Sombrio, trabalhando na hospedaria de seu pai juntamente a seu irmão Flick. Quando ele se depara com o famoso andarilho das quatro terras, Allanon, em uma de suas viagens a trabalho, Shea tem sua vida mudada completamente. O jovem garoto descobre que é descendente de Shannara e consequentemente herdeiro da espada. Um filho perdido que terá que empenhar-se para salvar o mundo. O Lorde Feiticeiro vem perseguindo e matando todos os descendentes de Shannara e apesar de não saber a localização de Shea, o inimigo tem conhecimento de sua existência. É uma questão de tempo até seus emissários o encontrarem. E destruí-lo.  Quando a segurança é ameaçada e os irmãos se convencem parcialmente da veracidade das palavras de Allanon, Shea e Flick fogem na calada da noite seguindo instruções do já ausente andarilho. Em busca de ajuda, um grupo de coragem e com membros valiosos é formado. Inicia-se assim uma verdadeira caçada à Espada de Shannara, a única arma capaz de destruir o Lorde Feiticeiro. A única regalia que as raças possuem contra o verdadeiro mal. A espada só pode ser usada por um herdeiro real e a segurança de Shea é indispensável durante toda a jornada que busca resgatar a arma.

Fantasia que se preze tem que ter um elenco de personagens incríveis, certo? Terry Brooks não economizou nesse aspecto. Shea e Flick deveriam ser os personagens principais mas em determinado momento da trajetória todo o grupo se divide e a trama cresce absurdamente. A narrativa é feita por diversos pontos de vista e deixa a leitura dinâmica, viciante e reduz consideravelmente o cansaço descritivo. Allanon é intrigante. Ele sabe muito mais do que ousou revelar para seus companheiros e a pulga atrás da orelha persiste até os capítulos finais. Admito que a curiosidade em saber seus segredos não me permitiu largar o livro em incontáveis capítulos. O impetuoso príncipe Menion Leah conquistará a confiança de Flick e dos leitores a cada página. Ele é meu personagem favorito e por mim ganharia um livro único e especial. Menion só está nessa jornada pela amizade de Shea e é honrável cada passo mortal que ele dá. Não posso deixar de mencionar a dupla de amigos que Shea fará enquanto vaga sozinho pelas Terras do Norte, Panamon e Kelset serão surpresas agradáveis e surpreendentes.

Rios, cavernas e florestas repletas dos mais originais e assustadores perigos marcam presença no enredo. Turnos de vigia, invasões à acampamentos inimigos, uma profecia que afirma a morte certeira, traições, loucura e pedras élficas como única proteção. Os capítulos finais são deliciosamente bem dosados, o cenário finalmente muda de cavernas/florestas para um reino ameaçado com direito a uma batalha sangrenta e até o despertar de um amor verdadeiro. Como Shea será capaz de derrotar o Lorde Feiticeiro se na maior parte de sua jornada ele parece ser o único a ter dúvidas sobre tudo?

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