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[Resenha] Os Três – Sarah Lotz

Publicado em 12 jun, 2014

Os Três – Sarah Lotz
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580412697
Ano: 2014
Páginas: 400
Classificação: 
Página do livro no Skoob / Compre!

Quinta-Feira Negra. O dia que nunca será esquecido. O dia em que quatro aviões caem, quase no mesmo instante, em quatro pontos diferentes do mundo. Há apenas quatro sobreviventes. Três são crianças. Elas emergem dos destroços aparentemente ilesas, mas sofreram uma transformação. A quarta pessoa é Pamela May Donald, que só vive tempo suficiente para deixar um alerta em seu celular: Eles estão aqui. O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas… Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele… Essa mensagem irá mudar completamente o mundo.

Resenha:
Sabe quando uma estória tem um impacto real em você? Quando você realmente sente medo ou se arrepia durante a leitura? Os Três foi uma das leituras mais fantásticas que tive. Ansiedade e expectativa já são sentimentos presentes antes mesmo do início da leitura, a capa é um tanto que sombria e todas as lombadas do livro foram tingidas de preto. Preciso admitir, cada detalhe da diagramação contribui para o efeito geral que a narrativa proporciona.

Quinta-feita Negra foi o dia em que algo inédito e catastrófico aconteceu. Algo que afetou todo o mundo das mais variadas formas possíveis. Quatro acidentes aéreos em quatro continentes diferentes mataram mais de mil pessoas em um intervalo de poucas horas. O mais estranho? Apenas três crianças sobreviveram contrariando todos os indícios de que ninguém poderia sair vivo de acidentes tão graves assim em hipótese alguma. Bobby, Jess e Hiro. Obviamente um circo midiático de ampla escala se instala numa tentativa de cobrir cada detalhe do acidente e tentar descobrir a causa das quedas. O piloto seria um suicida que optou por tirar a vida de todos a bordo? Ou ele deve ser visto como um herói por ter desviado o avião para uma área despovoada evitando mais mortes? Uma hipótese de terrorismo pode ser descartada se for comprovado que o erro fora mecânico… Ou será que tudo não passa de uma invasão alienígena? A questão definitiva que guia o enrendo é: por que essas três crianças estão vivas? 

A narrativa é feita através de depoimentos coletados por Elspeth Martins, uma jornalista que investigou a fundo a Quinta-feira Negra e publicou todo o material em formato de livro. Não temos um protagonista específico pois o enrendo engloba todas as pessoas envolvidas de alguma forma com o acontecido, são relatos abrangentes que rendem muita informação interessante e assustadora. A leitura se inicia com Pamela May Donald gravando uma mensagem para sua família de seu celular enquanto o avião ruma ao impacto mortal, o conteúdo da gravação é responsável por uma das teorias que mais ganha repercussão. O pastor Len Vorhees acredita que as três crianças sobreviventes são o indício de que o fim do mundo está próximo, que elas trarão à terra a peste, a fome, a guerra e o pânico. Quando a febre aftosa e alguns desastres naturais realmente se concretizam, os fiéis crentes nas pregações do pastor triplicam. Porém é evidente que Lenny usa as palavras de uma morta para promover seus objetivos pessoais…

Como disse no início, senti medo durante a leitura. As crianças que sobreviveram são donas de comportamentos peculiares e até certo ponto macabros adquiridos após o acidente. Desde que Bobby retornou para casa seu avô Reuben que sofre de Alzheimer goza de momentos de total lucidez. Jess vive agora com seu tio Paul, que luta com o restante da família para manter a guarda da garota. Por ser gay, Paul será extremamente criticado e exposto pela mídia da forma mais negativa possível. Porém nada é mais assustador que Jess gargalhando a cada notícia mórbida envolvendo acidentes. Quando Paul começa a ser assombrado pelo fantasma do irmão morto no acidente, duvido algum leitor não se arrepiar. Paul acredita que sua sobrinha esteja possuída por um demônio. Hiro isolou-se de todos e se comunica através de um robô idêntico a ele construído por seu pai. Sinistro.

Sabe aquele momento da madrugada onde você vai dormir por não se aguentar mais de tanto sono? Foi apenas nesse momento que deixei o livro de lado. São tantos pontos incríveis na estrutura de Os Três que nem sei por onde começar meus elogios. Vamos acompanhar o relacionamento de cada criança com os familiares e garanto bons momentos de tensão, mesmo quando o mal não estava explícito, era possível senti-lo nas entrelinhas. Jess de longe é a mais assustadora. Chicoyo, prima de Hiro, é responsável por uma das reviravoltas mais surpreendentes, ela tem um relacionamento online com um nerd otaku e juntamente a Floresta dos Suicidas me renderam bons calafrios. Vocês sabiam que os fantasmas japoneses não tem pés? 

Enquanto ao desfecho… Bem, você pode simplesmente amar ou odiar. É de tirar o fôlego e ficar com a pulga atrás da orelha. Leitura mais que recomendada. Livro favoritado!

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1 Comentário

  • […] o segundo livro que a editora Arqueiro publica da autora Sarah Lotz e apesar de fazer referência a Os Três, a obra anterior, não é uma continuação. Você não precisa ter lido o primeiro livro para […]