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[Resenha] Não brinque com fogo – John Verdon

Publicado em 05 jan, 2014

Não brinque com fogo – John Verdon
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580411911
Ano: 2013
Páginas: 400
Classificação: 
Página do livro no Skoob

No ano 2000, um criminoso que ficou conhecido como Bom Pastor matou seis pessoas em estradas, dentro de seus carros em movimento. Na época, ele enviou um manifesto à polícia no qual deixava claras suas motivações: uma cruzada solitária contra a ganância. Após o sexto assassinato, no entanto, encerrou a matança e nunca foi descoberto. Dez anos depois, uma jovem estudante de jornalismo está fazendo um documentário sobre os familiares das vítimas quando coisas estranhas começam a acontecer em sua casa. Objetos são trocados de lugar, maçanetas são afrouxadas, luzes se apagam sozinhas. Assustada, ela contrata Dave Gurney como consultor. Depois de ler o material sobre o caso – incluindo o perfil psicológico do assassino elaborado pelo FBI –, o detetive coloca em dúvida toda a lógica da investigação. Ao confrontar os agentes responsáveis, porém, Dave percebe que está mexendo em um ninho de vespas, o que fica evidente quando até pessoas que o apoiaram no passado se voltam contra ele. Agora seu único aliado é o antigo parceiro Jack Hardwick, um policial grosseirão e debochado que não esconde seu desprezo pelas autoridades. Com sua ajuda, Dave tem acesso aos relatórios confidenciais do caso e começa a própria investigação. Mais uma vez, ele se colocará em risco enquanto tenta provar seu ponto de vista e capturar o criminoso.

Resenha:
Após 25 anos como policial, David Gurney resolveu aposentar-se. A distância do ofício não impediu-o de envolver-se com um caso de assassinato, onde bancando o herói acabara sendo baleado. As consequências? Três tiros, estado de coma e uma recuperação lenta. Seis meses após o ocorrido David permanece em um estado onde nada o instiga. Nada o interessa. Ele está hostil, depressivo, isolado. Mudara-se para uma casa no campo com sua esposa Madeleine e aproveitava seu estado de inércia irritante até que uma ligação o desperta novamente. Connie Clarke, uma jornalista responsável por uma matéria elogiosa sobre o talento de David desvendando casos de assassinatos no passado, precisa de um grande favor.Sua filha, Kim Córazon, está analisando os efeitos a longo prazo em famílias que tiveram parentes assassinados e que os crimes acabaram sem solução. Ela quer que Gurney com sua perspectiva e experiência, auxilie a jovem nessa tarefa.

O que iniciou com uma simples dissertação de mestrado, acabou ganhando proporções gigantescas que tem chances de transformar-se em um documentário de Tv: Os orfãos do assassinato. Ou seja a grande chance de Kim firmar-se como jornalista. Até agora parece simples, certo? Mas não é só isso. As famílias que estão sendo entrevistadas foram vítimas de um assassino conhecido como Bom Pastor. Dez anos atrás ele cometera um festival de assassinatos que repercutiu na mídia, um verdadeiro teatro fascinante. Seus crimes eram fundamentados em um manifesto escrito por ele próprio e amplamente divulgado, onde em tom acadêmico e profético ele defendia a erradicação da ganância e seus portadores: os humanos. Após seis massacres ele desapareceu e nunca foi encontrado. A justiça nunca foi feita. A proposta de Kim é exibir o dano causado às famílias com uma abordagem própria. O motivo que faz a dor dessas famílias afetarem tanto a jovem Kim é ter perdido o pai na mesma época dos crimes. Ele desaparecera sem olhar para trás. Paralelo a isso temos Kim lidando com seus próprios problemas. Após iniciar o projeto com seu namorado Robert Meese, ele passara a trata-lo como seu. Com o fim do relacionamento e a expulsão de Meese do trabalho, coisas estranhas começaram a acontecer na casa de Kim. Manchas de sangue no chão, facas desaparecendo e aparecendo em lugares estranhos. Robert  está perseguindo-a e a polícia nenhuma atitude toma.

Com o envolvimento no projeto, os olhos de Gurney se abrem e ele começa a enxergar erros e brechas no desfecho da investigação de 10 anos atrás. Ele suspeita que o Bom Pastor é mais esperto do que imagina-se e que todo o manifesto e as 6 vítimas foram fachada para algo maior. Algo que o FBI deixou passar despercebido. Quanto mais Kim e Gurney se aprofundam na investigação, mais fica claro que alguém quer que eles parem. O Bom Pastor? Robert Meese? Ameaças e perigos tornam-se constantes e ambos estão correndo risco de vida. Com a ajuda de um antigo aliado Gurney tentará reunir pistas que comprovem sua teoria antes que seja tarde demais.

Sabe aquela estória que poderia ser contada em bem menos páginas? Não brinque com fogo se encaixa perfeitamente nesse caso. A trama começa morna, esquenta no próximo capítulo, se mantém quente e volta a esfriar. Um oscilação permanente até os últimos capítulos onde o desfecho tenta recompensar as enrolações anteriores. O livro é dividido em 3 partes, o mistério avança de forma brilhante com o passar dos capítulos. O desfecho que o autor escreveu é épico. Os três personagens mais fortes da trama juntos e explosivos. Eu imaginei perfeitamente as cenas nas telonas dos cinemas. Incrível! A busca frenética para saber a identidade do Bom Pastor é muito bem construída, eu suspeitei de muitos personagens. Em determinado momento os próprios familiares das vítimas são suspeitos… Imaginem! Aliás, a índole de vários outros foram bem questionáveis na minha concepção, fiquei até decepcionado por estar tão enganado em alguns casos. O personagem principal não é cativante, talvez a aposentadoria tenha enferrujado Dave Gurney. O que salva o livro é de fato a estória, que sem dúvidas é muito interessante e te deixa curioso demais pelo desfecho para se quer passar pela sua cabeça abandonar a leitura. Gurney teoriza demais, páginas e páginas de possíveis encaixes que são logo descartados por algo que ocorre na trama. As reviravoltas são mínimas, isso fez com que o livro se tornasse morno comparado ao que estou acostumado em livros do gênero. Não posso não mencionar o fato de Gurney praticamente não dormir e tomar litros e litros de café, chega a ser desumano! É um bom livro que poderia ser melhor. Não deixem de ler! Fiquei curioso por outros títulos do autor, que também envolvem o Gurney.

“Era um sussurro muito próximo a ele, um murmúrio áspero e sibilante. Parecia um gato furioso.
– Não acorde o diabo.” Trecho da página 115

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3 Comentários

  • Shadai
    20 janeiro, 2014

    Gosto muito de romance policial, mas não li nada desse autor, ainda.
    Gostei muito da premissa, mas tendo 400 páginas e sendo morno, me desanima, pois demoraria 2 semanas para terminá-lo, no mínimo.
    Vou torcer para ir para as telonas!

  • Ariana Oliveira Gomes
    11 janeiro, 2014

    Tô bege agora, você só deu 3 estrelas para este livro? Amo John Verdon, tenho e já li os 2 livros da "série" e agora tô receosa do que encontrarei neste. Não esperava, realmente tô em choque…. kkkkkkkk…

  • Fernando Gonçalves
    06 janeiro, 2014

    Gostei da sua resenha. O livro não me chamou muita atenção, mas se tivesse a chance, eu leria, com certeza :
    🙂