Editora: Companhia Editora Nacional
ISBN: 8504009653
Ano: 2005
Páginas: 183
Página do livro no Skoob
A pequena Beldingsville, uma típica cidadezinha do início do século XX na Nova Inglaterra, Estados Unidos, nunca mais seria a mesma depois da chegada de Pollyanna, uma órfã de 11 anos que vai morar com a tia, a irascível e angustiada Polly Harrington. Por influência da menina, de uma hora para outras tudo começa a mudar no lugar. Tia Polly aos poucos torna-se uma pessoa melhor, mais amável, e o mesmo acontece com praticamente todos os que conhecem a garota e seu incrível “Jogo do Contente”. Uma otimista incurável, Pollyana não aceita desculpas para a infelicidade e emprenha-se de corpo e alma em ensinar às pessoas o caminho de superar a tristeza.
Resenha:
Quero ensinar a vocês uma brincadeira que aprendi durante a leitura de um dos maiores clássicos da literatura infanto-juvenil. Você seria capaz de ficar contente com absolutamente tudo que te acontecesse? É uma tarefa difícil, bem complicada na verdade. Ver o lado bom de tudo na vida, das coisas ruins… que poderiam ser piores, das tragédias… que poderiam ser fatais, de uma doença… que poderia não ter cura. Mas há uma linha tênue entre aceitar tudo que é recebido sem importar-se e buscar o melhor sem cômodos conformismos, não é verdade? Essa brincadeira é questionável mas válida.
Pollyanna aprendera o “Jogo do Contente” com seu falecido pai, o jogo consiste em encontrar em tudo qualquer motivo para ficar alegre, seja lá o que for. As vezes ele pode ser duro de roer, como fora na vez em que Pollyanna se vira orfã e vivendo com as senhoras da Sociedade Beneficiente, ela sentira falta de se pai… Mas lamentar-se não o traria de volta, ela deveria sentir-se sortuda por estar viva! Sortuda por não estar só, por sua tia Miss Polly, a senhora mais rica da cidade de Beldingsville, aceita-la em sua casa!
Miss Polly é uma mulher amarga, solitária e de temperamento difícil. Há boatos de que alguém um dia já a amara mas é impossível acreditar que alguém se apaixonasse por semelhante criatura. O término do relacionamento pode estar ligado a suas atitudes tão rígidas e frias.
“- Tristeza, sim. A senhora sabe, se a senhora tivesse ficado alguma vez louca de alegria, teria betido mil portas; se não bateu nenhuma é porque nunca ficou realmente alegre. Quem sente uma grande alegria não pode deixar de bater todas as portas. Por isso fico triste… de saber que a senhora nunca bateu portas! ” Trecho da página 64, Pollyana para Miss Polly.
A partir do momento que Pollyanna chega a cidade, uma onda de mudanças envolve todos os seus habitantes descrentes na vida, senhoras inválidas recolhidas em seus próprios mundos, senhores carrancudos e solitários por decepções amorosas… órfãos moradores de rua e homens de fé sem convicção em suas missões. Todos que chegam a conhecer a moça de sardas consegue enxergar um novo sentido na vida, a menina fará o sorriso algo comum, algo fácil. Até Miss Polly que tenta insistir em suas negativas acaba desenvolvendo uma espécie de incapacidade em resistir ao ânimo de Pollyanna.
As lindezas que li foram verdadeiras lições de perseverança, é quase impossível não amar essa criança extraordinária. Meu coração partiu-se quando Pollyanna fraquejou no próprio jogo diante de uma dolorosa tragédia nos capítulos finais. Apesar de simples a escrita é peculiar, cheia de “quererá”. O livro foi escrito em 1912 e desde então nunca parou de ser lido, traduzido para muitas línguas. Tornou-se um clássico favorito por ser tão marcante e encantador.
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