O menino da mala – Lene Kaaberbol e Agnete Friis
Edição: 1
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580411836
Ano: 2013
Páginas: 256
Classificação:
Página do livro no Skoob
“Você adora salvar as pessoas, não é? Bem, aqui está a sua chance.” Mesmo sem entender o que sua amiga Karin quer dizer com isso, Nina atende seu pedido e vai até a estação ferroviária de Copenhague buscar uma mala no guarda-volumes. Dentro, encontra um menino de 3 anos nu e dopado, mas vivo. Chocada, Nina mal tem tempo de pensar no que fazer, pois um brutamontes furioso aparece atrás do garoto. Será que ela está diante de um caso de tráfico de crianças? Sem saber se deve confiar na polícia, ela foge com o menino e vai à procura de Karin, a única que pode esclarecer aquele absurdo. Quando descobre que a amiga foi brutalmente assassinada, Nina se dá conta de que sua vida está ameaçada e que o garoto também precisa ser salvo. Mas, para isso, é necessário descobrir quem ele é, de onde veio e por que está sendo caçado.
em uma estação ferroviária com certeza eu não teria problema com isso. Mas quando
o conteúdo da mala passa a ser um garoto de três anos dopado, nu e que ainda
por cima não fala a mesma língua que a minha, eu definitivamente encararia isso
como um problema. E, para completar a
bizarrice, se minha amiga se recusasse a dar informações e sumisse do mapa, a
polícia seria minha salvação ou a primeira atitude que tomaria. Nina Borg
enfrenta essa situação que fica cada vez mais perigosa, sozinha, ela parte em
busca de pistas sobre quem poderia ser a mãe do garoto e em que tipo de
problema ele estaria metido, tráfico de crianças? Sequestro? Será que ele
sofrera algum abuso? Abandono?
foge do comum, ela não é exatamente cativante mas agrada pela personalidade “perturbada”
e pela bravura, uma personagem dura na queda que pode te irritar por outros
motivos, mas não pela falta de atitude. Nina é admirada profissionalmente pela
sua desumana frieza e competência, apenas sua família é capaz de submetê-la a
mais abjeta sensação de impotência. O que acaba sendo estranho, já que a relação de Nina com a família não é das
melhores, ela cultiva o hábito de fugir para os lugares mais perigosos e
distantes possíveis , uma obsessão em busca de serenidade. Seu marido Morten vive na cruel insegurança, na dúvida se ela
voltará para casa no fim de cada dia ou sumirá mais uma vez sem avisos prévios para
Zimbábue ou Serra da Leoa. Justo quando as coisas haviam melhorado e o suposto
equilíbrio reinava no casamento dos dois, Nina desaparece com uma criança
desconhecida à procura de respostas, arriscando a vida de ambas.
um hospital e não se lembrar de absolutamente nada, o desespero de ter um filho
desparecido invade cada poro de seu corpo. A partir daqui acompanharemos suas
tentativas de juntar o quebra cabeças que envolve o sumiço do seu filho, a
maior parte da investigação acontece com ela e os pontos vão sendo ligados aos
poucos. Sem dúvidas os momentos que me vi mais envolvido com a estória foram
esses. As atitudes que ela tomou no passado terão suas consequências agora. Além
de acompanharmos Nina e Sigita, os mandantes do sequestro e os sequestradores
ganham seus próprios capítulos e tudo se conecta como uma enorme teia. Admito
que precisei recorrer as minhas anotações diversas vezes no decorrer da
leitura, achei a divisão de passagens muito confusa, difícil lembrar de um
personagem que aparece uma vez ou outra mas é importante no contexto, me perdi
algumas vezes. O início pode parecer lento e enfadonho, e de fato é, mas o
livro melhora consideravelmente com o
decorrer dos capítulos e o desfecho é muito satisfatório. Devorei as páginas, as autoras guardaram boa parte da emoção pra o final e deixam claro que Nina Borg tem muitos assuntos a resolver…
reviravoltas e bases mais inteligentes por trás do enredo, O menino da mala é
leve e com uma trama não muito incomum, vai te prender mas não vai te
surpreender. Nada comparado a Harlan Coben, Gregg Hurwitz ou John Sandford, recomendo
a leitura pra quem está iniciando com o gênero.
Deixe uma resposta para Geovany SmithCancelar resposta