Micro – Michael Crichton e Richard Preston
ISBN: 9788532528063
Ano: 2013
Páginas: 416
Micro revela um universo pequeno demais para ser visto, mas perigoso demais para ser ignorado. A trama começa no sofisticado e selvagem mundo das grandes corporações. Em um escritório trancado nos arredores de Honolulu, no Havaí, três corpos são encontrados, sem quaisquer sinais de luta a não ser cortes ultrafinos no corpo. A cena do crime não tem instrumentos ou armas capazes de produzir tão estranhos ferimentos, nem sinais de invasão ou arrombamento.
Enquanto isto, em Cambridge, sete promissores estudantes são convidados por Eric Jansen, irmão de um dos alunos, e pelos altos executivos da Nanigen MicroTechnologies, INC a se juntarem à pioneira empresa. Com a promessa de conhecer a tecnologia de ponta que será responsável por abrir um novo horizonte e mudar a ciência da forma como conhecemos, os jovens são levados para uma experiência na floresta tropical de Oahu.
Michael Crichton é autor de Parque dos Dinossauros, quando li isso meu interesse em ler Micro despertou. Como não? Para minha infelicidade sua escrita não me empolgou, talvez pelo gênero ficção científica ser tão técnico e cheio de explicações detalhadas. Como por exemplo, como uma aranha de tal espécia produz tal veneno. Certo, isso pode ser algo extremamente interessante mas ler páginas e páginas sobre processos desse tipo, passo a passo, se torna cansativo. Crichton faleceu antes de terminar o livro e Richard Preston ficou responsável pelo desfecho de Micro, o que fez toda a diferença, a leitura ficou mais leve e menos ligada a tanta falação química.A Nanigen MicroTechologies é uma empresa de alta tecnologia que realiza um trabalho avançado de robótica produzindo robôs extremamente pequenos. Mas existem dúvidas em relação a essa tecnologia. Logo no início três homens são mortos em uma sede da empresa localizada em um galpão poeirento no meio do nada, após uma pesquisa, suspeitas de que a Nanigen seja só uma fachada para sonegação de impostos ficam mais fortes. O curioso, é que os homens foram encontrados com cortes minúsculos e profundos pelo corpo, o que teria causado as mortes? Pessoas desaparecidas ligadas a empresa serão constantes durante a leitura…
Vamos ao que interessa, a Nanigen está selecionando pesquisadores para um trabalho de pesquisa do mundo natural em nível micro ou nano no Havaí, com promessas de laboratórios que oferecem as melhores condições de pesquisa da história da ciência. Um dos pontos mais legais da estória é ela se passar no Havaí, me passou um clima bem Crichton. Durante o enredo vamos acompanhar sete pesquisadores que aceitaram o trabalho e acabaram se envolvendo em um enorme micro problema. Vin Drake, presidente da Nanigen é ambicioso e vai fazer uso da tecnologia que tem em mãos para lucrar ainda mais. Inicialmente, os pesquisadores teriam seus tamanhos reduzidos para estudarem cada espécie de ser vivo desconhecida pela ciência, coletando amostras de um quadrante do ecossistema havaiano, uma mina de ouro possível de novos medicamentos que poderiam salvar vidas. Porém seus planos saem do controle e ele acaba jogando os pesquisadores na floresta, no micro mundo biologicamente perigoso. É meio absurdo, algo de filme da sessão da tarde mesmo, mas acreditem em momento algum é bobo, é fantástico. Eles enfrentarão aranhas, gafanhotos, ácaros, vespas, tentarão sobreviver lutando contra os animais e seus venenos altamente perigosos, e claro, Vin Drake não sossegará até ter certeza que matara todos.
Rick é pesquisador de remédios indígenas, um dos poucos personagens que não me entediaram. Karen é especialista em aranhas e artes marciais, é a durona do grupo. Peter sabe tudo sobre venenos e é irmão do vice-presidente da Nanigen, Eric, que é morto, dando o pontapé inicial nos mistérios da trama. Erika é especialista em besouros, Amar em hormônios das plantas, Jenny em ferormônios e Danny é o insuportável da estória, o doutorando mal caráter. Simpatizando com uns, odiando outros, até o último capítulo eu não ousei arriscar como tudo acabaria. Será que ninguém teria um final feliz? O livro é dividido em três partes, os capítulos finais foram eletrizantes, adorei e recomendo, só é preciso ter paciência se você não curte ficção científica.
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