A sombra da lua – John Sandford
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580410297
Ano: 2012
Páginas: 272
Classificação:
Página do livro no Skoob
Acostumado a assumir casos difíceis, o investigador do Departamento de Detenção Criminal de Minnesota Virgil Flowers é mandado a Bluestem, uma pequena cidade do interior, para ajudar a polícia local a solucionar um crime que chocou a população: um casal de idosos foi morto em sua residência com requintes de crueldade. Ao chegar à cidade durante a madrugada, Virgil é surpreendido por um incêndio no alto de uma montanha. A casa do fazendeiro Bill Judd é consumida pelas chamas e seu proprietário morre sob os escombros. Bill era um homem recluso e odiado. Há muitos anos, esteve à frente de um esquema fraudulento que levou centenas de fazendeiros à falência. Embora o dinheiro nunca tenha aparecido, ele foi julgado e absolvido. Além disso, seu envolvimento com várias mulheres casadas era de conhecimento de todos na região. Virgil não acredita em coincidências e fica intrigado com a morte do fazendeiro. Afinal, a pacata Bluestem passou duas décadas sem um único crime e nas últimas semanas foi cenário de três homícidios. Determinado a encontrar uma ligação entre os assassinatos, o investigador começa a conversar com os moradores e a descobrir seus segredos. Contudo, revirar o passado de uma pequena cidade pode trazer sérias consequências para um forasteiro.
Resenha:
Eu costumo comparar livros entre autores do mesmo gênero, e no quesito livro policial, comparo todos com meu mestre, meu ídolo, o senhor das noites em claro, Harlan Coben. É meio injusto, não há comparações mas John Sandford me envolveu.
Se alguém estranho aparecesse numa cidade pequena, onde todos se conhecem e sabem tudo sobre as vidas alheias, seria notado, certo? E quando assassinatos acontecem, uma onda de investigações e mal estar se apodera de todos os habitantes, é alguém da cidade.
O fazendeiro Bill Judd, foi morto queimado em sua casa, o incêndio é o ponto de partida para uma série de assassinatos. Bill era rico e odiado por todos, o segredo de seu sucesso estava relacionado a falência de outros fazendeiros, fraudes entre outros assuntos sujos e ilegais. Nada nunca foi provado contra ele. Com tantos inimigos, quem poderia ter cometido o crime? Já Russel Gleason fora médico por 50 anos e Anna enfermeira na juventude, o casal com mais de 80 anos de idade foi morto de forma brutal. Quais os motivos para tal barbaridade? As mortes não param por aí mas prefiro deixar vocês lerem.
O investigador do Departamento de Detenção Criminal, Virgil Flowers é o nosso condutor nesse livro. Ele logo traçara uma linha que ligue todos os crimes e as investigações durarão o livro inteiro, em parceria com o xerife Jim Stryke que tenta a reeleição. O romance também está presente, Virgil terá um caso com Joan, irmã do xerife, e renderá alguns momentos leves e outros nem tanto. Jim, se envolverá uma a filha bastarda de Budd, Jessica. Como um bom livro policial, eu suspeitei de todos os personagens e mais alguns. Só descobrimos quem é o assassino junto com os personagens no decorrer da leitura. A estória convence, os pontos se ligam mas acontecem coisas demais. Orgias, drogas, lavagem de dinheiro, debates religiosos, tiros, muitos tiros. Quem realmente gosta de tiroteios policiais vai se deliciar. Discordando de muitos outros que leram o livro, achei o Virgil, apesar desse nome péssimo, um personagem forte, ele tem estilo, adorei suas camisas com nomes de banda.
Em alguns capítulos o assassino dá voz aos seus pensamentos, achei interessante. Os capítulos são curtos e por várias vezes ágeis demais. Isso vicia a leitura, eu terminei bem rápido. Se formos comparar com a extensão que tiveram certos pontos da leitura o seu desfecho aconteceu de forma rápida, e me deu uma sensação de não ter todas as questões respondidas. E de fato acontece isso mesmo, o Virgil, escreve textos, como se fosse um hobby profissional, que ajuda-o a ver por outro ângulo as pistas encontradas nas cenas dos crimes. Me restou a dúvida, era só para esse objetivo mesmo? É um livro bom.
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